Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Vizentim, Lucas Aparecido [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194124
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Resumo: |
Cada vez mais os professores reconhecem a importância da implementação da Educação Sexual no ambiente escolar. Nos anos finais do Ensino Fundamental, essas discussões geralmente ficam a cargo dos professores de Ciências. O tema, alvo de constantes debates nos âmbitos educacional, político e social, como um todo, encontra-se incluído de forma explícita e implícita nos conteúdos formais constantes nos documentos norteadores, em especial na BNCC – Base Nacional Comum Curricular, e, consequentemente, é expresso nos currículos estaduais e municipais. A condução desta temática, dessa maneira, deixa de ser algo unicamente transversal, como anteriormente concebido, e torna-se um direito de aprendizagem dos alunos, compondo o rol de aprendizagens essenciais, conduzindo os professores ao desenvolvimento do tema em sala de aula. A forma como tais temáticas são conduzidas, e até mesmo sua omissão, interfere na maneira como os alunos concebem a sexualidade. Analisar quando, como e com quais recursos tais temáticas são abordadas, nos permite compreender a forma com que os docentes vêm conduzindo a Educação Sexual nos espaços escolares, possibilitando-nos identificar práticas exitosas, bem como as limitações, dificuldades e outros detalhes de sua atuação. A pesquisa aqui apresentada, de cunho qualitativo, obteve dados por meio de entrevistas semiestruturadas. A análise e organização dos dados se deu por meio de análise de conteúdo, através da qual foram criadas categorias iniciais, intermediárias e finais que, finalmente, desdobraram-se em subcategorias, facilitando a apresentação e orientando as discussões. Foi possível compreender a atuação dos professores sob duas diferentes perspectivas: seu papel multiplicador, através da abordagem intencional dos conteúdos; e seu papel mediador, nos momentos em que demandas espontâneas surgem nos espaços escolares, de forma pacífica ou conflituosa. Evidenciou-se a valorização do tema em sala de aula e a necessidade de uma abordagem sistematizada dos conteúdos de Educação Sexual. Os dados obtidos desvelaram possíveis limitações e indisponibilidade de recursos complementares para o pleno desenvolvimento da temática. Verificou-se, ainda, que a abordagem intencional de Educação Sexual no contexto de sala de aula parte de aspectos biológicos, porém, não se restringindo a eles, e concentra-se quase sempre no oitavo ano do Ensino Fundamental, sendo eventualmente retomada, mostrando que não se tem uma continuidade neste trabalho. Os professores demonstraram abertura e receptividade às demandas espontâneas, dentro ou fora de sala de aula, geralmente intervindo quando essas acontecem, além disso, qualificaram as intervenções como sendo positivas e, quase sempre, suficientes para combater algumas situações conflituosas. À luz destes achados, vale frisar que agir com naturalidade, utilizar um tom de acolhimento e de abertura de diálogo, de maneira a buscar descontruir preconceitos por meio dos saberes científicos, voltados a desenvolver a empatia do alunado, são as principais estratégias apontadas pelos professores no trabalho de educação sexual, que as qualificaram como sendo satisfatórias. |