Hábitos alimentares de Toninha, Pontoporia blainvillei (Gervais e D'Orbigny, 1844) (Mammalia, Cetacea), no sul do Estado de São Paulo e norte do Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lopes, Xênia Moreira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99539
Resumo: A toninha, Pontoporia blainvillei, é um pequeno cetáceo odontoceto da família Pontoporiidae com distribuição restrita a uma pequena parcela da América do sul, na costa Atlântica. Esta espécie tem sido foco de preocupação quanto ao seu status atual e futuro de conservação. Isto se deve em especial ao alto índice de mortalidade devido à captura acidental em redes de pesca, e à baixa capacidade desta espécie para repor a parcela da população removida por fontes de mortalidade não-naturais. Portanto, todo esforço destinado ao melhor conhecimento da mesma ao longo de sua distribuição se faz necessário. Este estudo visou averiguar o hábito alimentar de P. blainvillei utilizando os conteúdos estomacais de 86 indivíduos capturados acidentalmente por embarcações que operaram com redes de emalhe sediadas no porto do município de Cananéia (25°00’S e 47°55’W), sul do Estado de São Paulo, entre maio de 2005 e agosto de 2007. Foram reportados três grupos faunísticos nos conteúdos: peixes teleósteos, cefalópodes e crustáceos, sendo o hábito ictiófago o mais representativo. A toninha alimenta-se ao longo da coluna d’água e próximo ao substrato marinho. As famílias de peixes ósseos e cefalópodes mais relevantes foram Sciaenidae e Loliginidae, respectivamente. Com base no Índice de Importância Relativa, as espécies de peixe e cefalópode com maior importância no hábito alimentar foram a piaba, Pellona harroweri, e a lula Doryteuthis plei, respectivamente. O camarão-sete-barbas, Xiphopenaeus kroyeri, foi a espécie de crustáceo mais representativa. Não houve seletividade quanto à composição das presas consumidas, entretanto o contrário foi observado quanto ao porte das presas, sendo em geral consumidas presas pequenas...