Escola de tempo integral: a formação dos professores no decorrer da implementação do projeto Cidadescola da rede municipal de ensino de Presidente Prudente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Miranda, Rosilene Figueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256057
Resumo: O presente estudo foi desenvolvido vinculado à linha de Pesquisa “Práticas e Processos Formativos em Educação” do Programa de Pós-Graduação em Educação, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCT/UNESP). Os debates sobre a qualidade da educação do ensino público no Brasil têm levado os governos federais, estaduais e municipais a investirem em programas de ampliação de jornada escolar para os alunos, como é o caso do Programa Mais Educação e do Cidadescola ( Presidente Prudente-SP).Diante deste panorama a investigação tem por objetivo geral compreender como a equipe docente de 01 (uma) escola da Rede Municipal de Ensino de Presidente Prudente-SP está se formando ao longo do processo de desenvolvimento do Projeto de Escola de Tempo Integral, a partir de sua implantação. Como objetivos específicos foram propostos: descrever a legislação brasileira sobre o Programa Mais Educação e a legislação municipal que implantou a Escola de Tempo Integral no município de Presidente Prudente; caracterizar a concepção de Educação Integral presente no relato dos professores, oficineiros e gestores do projeto; caracterizar os pontos positivos e negativos da implementação, segundo a equipe educacional, bem como suas dificuldades, desafios e expectativas em relação ao projeto no período de 2010 a 2017; descrever o processo de formação de professores e oficineiros, conforme o relato dos participantes no desenvolvimento do projeto; analisar as pautas das reuniões de HTPCS para mapear o processo de formação em serviço realizado no período de 2013 a 2017. Do ponto de vista metodológico o estudo de fundamenta numa abordagem qualitativa, com um levantamento bibliográfico para situar o objeto pesquisado e pesquisa documental relativa ao Programa do Governo Federal Mais Educação, Decreto Municipal, Programa Cidadescola e Plano Diretor da unidade escolar. Para a pesquisa empírica, utilizamos entrevistas individuais e coletivas e mapeamento das pautas dos Horários de Trabalho Pedagógicos (HTPCs) de 2013 a 2017. A escola escolhida foi uma das primeiras em que se iniciou o Projeto de Escola de Tempo Integral, localizada em um bairro da periferia da cidade. Os professores convidados para as entrevistas foram os que trabalhavam há mais tempo na escola e desde a implantação do projeto. Os dados foram categorizados com base na análise de conteúdo apontando alguns resultados: o currículo não está sistematizado como um projeto de escola de tempo integral, mesmo porque nem todos os alunos participam; o projeto revela uma dicotomia entre o currículo básico e o das atividades complementares realizadas no contraturno; os Horários de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) não são articulados entre professores que atuam com o currículo básico e os que trabalham com os alunos que fazem parte do Programa de Escola de Tempo Integral (denominados de “Oficineiros”); a formação continuada dos professores, gestores e oficineiros tem sido realizada nos HTPCs, marcadas por temas ligados sobretudo à metodologia de ensino das disciplinas do currículo básico e não ao tema do projeto de Escola de Tempo Integral e educação integral; a concepção dos professores em relação à formação continuada está mais diretamente ligada à conjuntura da sala de aula, nos moldes de uma escola comum e não na construção de um projeto de escola que visa articular as diferentes atividades para a formação integral do aluno; os professores não reconhecem os HTPCs realizados na escola como espaço de formação continuada. Apesar de algumas incompletudes o projeto tem grande relevância social e para a formação de professores, embora a sua continuidade possa ser prejudicada por mudanças no programa implantadas pelo Novo Mais Educação (2018).