Entre fissuras: a desterritorialização dos movimentos sociais da educação infantil e as políticas de gênero na pequena infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Peterson Rigato da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215800
Resumo: A atual conjuntura política que assombra o Brasil, principalmente no âmbito da Educação nos coloca em posição de combate e defesa às políticas públicas, gratuitas e laicas para as infâncias brasileiras. Esta tese se propõe apresentar em formato de blocos, que não necessariamente se comunicam entre si, mas são autônomos no sentido de criar multiplicidades do pensar, vazado por fissuras as diferenças e enfrentamentos das infâncias brasileiras. A experiência de um educador andarilho que atravessa pelos Movimentos Sociais e que pauta a defesa da Educação Infantil e as relações que mantêm com os feminismos, os espaços-tempos da pequena infância, tendo as questões de gênero e infâncias como conexões presentes na constituição da docência na educação infantil, e do processo de produção das culturas infantis que são marcadas por sensações que se configuram em devires-afectos, inspirados em Deleuze, Guattari, Foucault e por pensadores/as pós-colonialistas que nos leva a uma pesquisa experiência. A pesquisa foi realizada em um espaço de educação infantil pública em uma rede municipal do interior de São Paulo, além da experiência como ativista do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB) e do Fórum Paulista de Educação Infantil (FPEI), tendo um caderno de registro que apresenta as sensações do Andaleço, além de imagens e fragmentos de relatos de professoras e gestoras da pequena infância, estudantes-estagiárias de pedagogia e ativistas. Neste diálogo, os pressupostos teóricos da Pedagogia da infância, dos Estudos de Gênero e da Filosofia das Diferenças estão presentes para sustentar tal investigação e, ao refletir sobre a potência do coletivo infantil e do coletivo de adultas/os, compreendendo como estes dois coletivos potentes produzem acontecimentos no processo inventivo da constituição da educação infantil e das questões de gênero e a sua impulsão como fluxo. As Políticas de gênero e a Pedagogia da Infância aparecem como um movimento de mão dupla produzindo outras lentes entre as fissuras e os blocos-linhas, enunciando e criando formas e práticas de poder, o que permite buscar significados para enfrentar e resistir/combater às ordens contemporâneas e ultraconservadora do capitalismo.