Parâmetros ultrassonográficos do movimento da língua em 14 fonemas consonantais do Português Brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Lídia Maurício [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150772
Resumo: Objetivo: O objetivo desse estudo foi propor parâmetros ultrassonográficos quantitativos que pudessem apreender diferenças de modo e ponto de articulação entre os 14 fonemas linguais do Português Brasileiro (doravante PB), buscando estimar valores de referência e um padrão de variabilidade quanto ao contorno de superfície de língua na produção de fala típica. Métodos: Foram selecionados 20 sujeitos com produção típica de fala, de 20-30 anos, de ambos os gêneros. Os estímulos selecionados contemplaram os 14 fonemas consonantais linguais do PB no contexto da vogal /a/. Os dados foram coletados e analisados com o uso do ultrassom e dos softwares AAA (Articulate Assistant Advanced) e Ultra- CATS (The Ultrasonographic Contour Analyzer for Tongue Surfaces). Para análise dos dados, um índice ultrassonográfico (US) foi selecionado da literatura já existente: índice de anterioridade (IA), enquanto outros dois foram desenvolvidos no presente estudo: média global (MG) e índice de anterioridade normalizado (IAN). Os dados foram submetidos à análise estatística. Resultados: A ANOVA mostrou efeito significante para os índices IAN e MG, sendo que o IAN diferenciou os fonemas quanto ao ponto (alveolar, pré-palatal, palatal e velar) e modo de articulação (fricativa, nasal e oclusiva), enquanto o MG diferenciou os fonemas somente quanto ao ponto de articulação (alveolar, pré-palatal e velar). Conclusão: Não houve um único índice US que pudesse diferenciar todos os pontos e modos de articulação simultaneamente. A aplicação clínica para análise das alterações da produção da fala requer o uso de pelo menos dois índices ultrassonográficos: um para distinguir o ponto e outro para distinguir o modo de articulação. Por fim, tendo por princípio que os fonemas consonantais apresentam variabilidade fonêmica e que exigem a produção concomitante e coordenada de diferentes gestos articulatórios, incluindo o movimento do véu palatino, direcionando o fluxo de ar no trato vocal, novas medidas em plano coronal da língua poderiam oferecer subsídio para complementar a caracterização ultrassonográfica dos fonemas nasais e líquidos.