Manejo de herbicidas no consórcio milho-braquiária e eficácia de controle de plantas daninhas em diferentes regimes de chuva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Nagilla Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202214
Resumo: O consórcio de milho-braquiária tem se consolidado ao longo dos anos como uma técnica viável e produtiva, permite elevada produção de resíduos e tem potencial para reduzir a infestação de plantas daninhas. A aplicação de subdoses de herbicidas seletivos à cultura do milho é uma alternativa para a supressão do crescimento inicial da forrageira, evitando prejuízos tanto no rendimento como na qualidade de grãos. A presença de palha pode influenciar no manejo dos herbicidas pré-emergentes, pode afetar sua transposição para o solo, impactando, por consequência, na eficácia de controle das plantas daninhas. Os estudos sobre manejo e eficácia de herbicidas aplicados sobre palha ainda são escassos, e, em grande parte, têm sido feitos sobre palha de cana-de-açúcar. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de subdoses de herbicidas pós‑emergentes no consórcio de milho e braquiária, bem como avaliar a eficácia de diclosulam, flumioxazin e diuron+sulfentrazone na palhada de milho+braquiária e no solo, em diferentes regimes de chuva. Para tal, foram realizados dois experimentos. O primeiro experimento avaliou os efeitos de subdoses de herbicidas pós‑emergentes no consórcio de milho e braquiária. Este estudo foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com esquema fatorial 3 x 8, sendo três sistemas de cultivos: milho solteiro, consórcio 1 (milho + Urochloa ruziziensis) e consórcio 2 (milho + U. decumbens), e oito tratamentos: atrazine (1500 g i.a. ha-1); atrazine + mesotrione (1500+ 60 g i.a. ha-1); atrazine + mesotrione (1500+ 40 g i.a. ha-1); atrazine + glyphosate (1500 g i.a. ha-1 + 45 g e.a. ha-1); atrazine + glyphosate (1500 g i.a. ha-1+ 22,5 g e.a. ha-1); atrazine + nicosulfuron (1500+ 7 g i.a. ha-1); além de dois tratamentos testemunhas (capinada e não capinada). Os herbicidas foram aplicados no estádio fenológico V6 para o milho, U. ruziziensis no estádio de 5-7 perfilhos e U. decumbens no estádio de 4-6 perfilhos. O segundo experimento avaliou a eficácia de diclosulam, flumioxazin e diuron+sulfentrazone na palhada de milho+braquiária e solo, em diferentes regimes de chuva, na eficácia de controle de Ipomoea hederifolia. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, adotado de forma isolada para cada um dos herbicidas diclosulam (35,03 g i.a. ha-1), flumioxazin (25 g i.a. ha-1) e diuron+sulfentrazone (diuron: 455 g i.a. ha-1+ sulfentrazone: 255,5 g i.a. ha-1). Foram avaliados cinco períodos sem chuva após a aplicação dos herbicidas (0, 2, 5, 7 e 10 dias após a aplicação), duas coberturas (com e sem palha do consórcio milho + braquiária) e quatro lâminas de chuvas (0, 10, 20 e 30 mm). Para o primeiro experimento o nicosulfuron proporcionou o menor acúmulo de biomassa seca para as espécies. As subdoses dos herbicidas afetaram o rendimento da palhada. No entanto, a produção de palha do consórcio superou a do cultivo solteiro. Para o segundo experimento o diuron+sulfentrazone apresentou melhor controle na presença de palha do consórcio de milho e braquiária, em relação aos herbicidas diclosulam e flumioxazin. O diuron+sulfentrazone foi eficaz no controle de I. hederifolia, e o diclosulam e flumioxazin não foram eficazes. Conclui-se que o maior incremento de palhada ocorreu no consórcio de milho com U. ruziziensis, e que os diferentes regimes de chuva e a presença de palha afetaram a eficácia do diclosulam e flumioxazin.