Terra e vida: a geografia dos camponeses no norte do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Paulino, Eliane Tomiasi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102969
Resumo: As profundas transformações atreladas à expansão das relações capitalistas para o campo têm provocado, desde o século XIX, diversas interpretações acerca do papel e do destino da classe camponesa. Nesse contexto, alguns pressupostos ganharam força, sobretudo aquele que vislumbrava o seu desaparecimento, enquanto classe. Entretanto, em se admitindo que o modo capitalista de produção é essencialmente contraditório, constata-se que seu desenvolvimento não tem provocado o desaparecimento do campesinato, mas sua recriação. É sobre essa questão que trata este trabalho, cujo recorte geográfico é o Norte Novo do Paraná, uma das áreas de maior índice de tecnificação e produtividade agrícola do país. Dessa maneira, as evidências do processo de recriação camponesa estão apresentadas a partir da análise que obedece ao seguinte encadeamento. A reflexão teórico-conceitual sobre o campesinato dentro das ciências humanas, no geral, e na geografia agrária brasileira, em particular, é apresentada no primeiro capítulo. No segundo capítulo, nosso esforço analítico recai sobre as possibilidades históricas de recriação da classe camponesa ao longo do processo de construção do território, sendo consideradas três dimensões: a nacional, a estadual e, por fim, o norte-paranaense. No terceiro capítulo, buscamos compreender tais possibilidades com base nos registros estatísticos disponíveis para a área de pesquisa a partir de 1950; para tanto, recorremos aos dados dos Censos Agrícolas e Agropecuários publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quarto capítulo, nos debruçamos nas evidências de que o processo de territorialização camponesa é uma expressão do desenvolvimento contraditório do capitalismo, o qual se manifesta na monopolização do território pelo capital...