Efeito imunomodulador da vitamina D sobre a ativação de inflamassomas em tecido placentário de gestantes portadoras de pré-eclâmpsia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nunes, Priscila Rezeck [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204987
Resumo: Gestações complicadas por pré-eclâmpsia (PE) estão associadas com isquemia/hipóxia placentária, estresse oxidativo e níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias. A ativação do inflamassoma NLRP3, representada por maior expressão gênica e proteica dos componentes desse complexo relacionado à inflamação, como caspase-1, interleucina-1 beta (IL-1β) e high-mobility group box-1 (HMGB1), foi descrita em placenta de gestantes pré-eclâmpticas, quando comparadas às gestantes normotensas (NT). A hiperativação do inflamassoma NLRP3 nos tecidos placentários pode estar envolvida no estado inflamatório sistêmico exacerbado da PE. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a ação imunomoduladora da vitamina D (VD) sobre os inflamassomas NLRP1 e NLRP3 em explantes placentários de gestantes portadoras de PE e de NT e Human Umbilical Vein Endothelial Cells (HUVEC), bem como a apoptose nessas células. Foram avaliadas 30 gestantes assim distribuídas: 10 portadoras de PE precoce (idade gestacional < 34 semanas), 10 portadoras de PE tardia (idade gestacional ≥ 34 semanas) e 10 NT. Após a realização do parto cesáreo, fragmentos de aproximadamente 10 mg foram imediatamente retirados da região central da placenta, de modo que constituíssem amostras do citotrofoblasto viloso e da região do sinciociotrofoblasto em contato com a face materna. Os explantes e as HUVEC foram cultivados na presença ou ausência de peróxido de hidrogênio (H2O2), urato monossódico (MSU), fator de necrose tumoral (TNF-α) e tratados com VD. Após 4 e 18 horas de cultivo os explantes e as células endoteliais foram submetidos à avaliação da expressão gênica e proteica de NLRP1, NLRP3, caspase-1, IL-1β, IL-18, TNF-α, HMGB1, tumor necrosis factor related apoptosis inducing ligand (TRAIL) e vitamin D receptor (VDR) por qPCR, ELISA e Western Blot. A apoptose nas células também foi avaliada por citometria de fluxo. De maneira geral, os resultados mostraram que o tratamento in vitro com VD é capaz de modular a inflamação placentária em gestantes com PE e diminuir o estresse oxidativo, induzido pelos tratamentos com MSU e H2O2 em explantes placentários e HUVEC, bem como aumentar a viabilidade e diminuir a apoptose nessas células estimuladas com TNF-α. A utilização de agentes com propriedades anti-inflamatórias e antioxidants, como a VD é um campo de pesquisa que deve ser mais explorado em futuras investigações para entender o mecanismo pelo qual a VD atua na imunomodulação da resposta inflamatória na PE.