Formação inicial para prática pedagógica com atividades de vida diária junto a bebês

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Scarlassara, Bárbara Solana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255473
https://orcid.org/0000-0002-0705-2060
Resumo: Durante os primeiros anos de vida dos bebês ocorrem centenas de conexões cerebrais que promovem o desenvolvimento neuropsicomotor, influenciados por diferentes fatores, dentre eles biológicos e sociais. Diante disso os bebês precisam receber cuidados de qualidade e boas oportunidades de aprendizagem para assegurar o desenvolvimento integral, responsabilidade das instituições de Educação Infantil, através do oferecimento das diferentes atividades que integram a rotina. As Atividades de Vida Diária (AVDs) contemplam as tarefas vinculadas à higiene, alimentação e vestuário, e são responsáveis por promover o desenvolvimento sensorial, motor, cognitivo e social quando realizadas intencionalmente, cabendo aos professores o planejamento dessas atividades educacionais. Diante disso, esta pesquisa objetivou analisar e discutir a formação inicial para o uso das Atividades de Vida Diária (AVDs) - higiene, alimentação e vestuário - na atuação educacional junto a crianças de zero a 18 meses de idade a partir da visão de graduandos, docentes e PPPs dos cursos de Pedagogia da UNESP. Em relação ao método, investigou-se a formação inicial em pedagogia das graduações dos campi Araraquara, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Rio Claro, São José do Rio Preto. Foram realizados três estudos, no primeiro cujo público alvo eram graduandos, a coleta de dados se deu através de um questionário organizado no formato virtual, em que foram tratadas os temas formação; educação de bebês e AVDs e a análise ocorreu através de estatística descritiva; o segundo estudo, foi desenvolvido a partir da resposta dos docentes dos cursos de Pedagogia e contou com a mesma metodologia do primeiro estudo; por fim no terceiro estudo, foi realizada análise dos PPPs e dos Planos de Ensino (PE) dos cursos, disponíveis no site das instituições para domínio público, foi utilizado o Atlas.ti, versão 9, que permitiu a identificação de códigos organizados a partir do objetivo e da literatura, referentes à educação de bebês e o uso das AVDs. Os trechos de interesse dos documentos foram analisados quanto ao seu conteúdo, permitindo conhecer as propostas de formação para essa faixa etária. Os resultados indicam que há uma concordância na percepção da maioria dos 937 graduandos e dos 33 docentes participantes que vinculam a frequência dos bebês na educação infantil à necessidade da família e que consideram que as AVDs promovem aprendizagens, embora assinalem que seu principal objetivo é atender às necessidades fisiológicas das crianças. Ambos os grupos afirmam que os cursos oferecem conteúdos teórico sobre as temáticas, mas com pouca proposição prática. A análise dos documentos permitiu identificar que, de modo geral, os cursos possuem grades curriculares com quantidades semelhantes de disciplinas que abordam a educação infantil, mas os assuntos relacionados às AVDs pouco aparecem. Esta pesquisa verificou que a educação de bebês e as AVDs são pouco tratadas na formação inicial de professores, transparecendo na percepção dos estudantes e docentes. Há necessidade de rever a estrutura dos cursos de pedagogia para inclusão desses assuntos, possibilitando aos futuros professores promoverem práticas educativas intencionais pautadas em objetivos, planejadas para viabilizar a aprendizagem dos bebês.