Exposição in utero ao desregulador endócrino Bisfenol A e à Genisteína: efeitos sobre a morfogênese e a susceptibilidade a carcinogênese prostática em ratos Sprague-Dawley

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bernardo, Bruna Dias [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/108785
Resumo: O crescimento, a maturação e a manutenção estrutural e funcional da próstata são eventos hormônio-dependentes, principalmente de andrógenos, e alterações endócrinas no período crítico de desenvolvimento prostático poderão causar efeitos adversos sobre a próstata, inclusive câncer. Bisfenol A (BPA) é um desregulador endócrino, presente em embalagens de alimentos e detectado em praticamente todos os fluidos humanos, capaz de alterar o desenvolvimento do trato reprodutivo de ratos machos por meio de exposição gestacional/pré-natal. A genisteína (GEN), um fitoestrógeno da soja, mostrou propriedades quimiopreventivas contra carcinogênese em roedores. Este estudo objetivou avaliar se a exposição gestacional ao BPA causa efeitos deletérios precoces e tardios sobre a morfogênese prostática da prole de machos Sprague-Dawley, e se a exposição concomitante à GEN modificaria estes efeitos deletérios. Fêmeas prenhes foram divididas em grupos que receberam BPA (25 ou 250 μg/kg p.c.) ou dimetilsulfóxido (DMSO – grupo controle)/óleo de canola, por gavage e dieta basal ou contendo GEN (250 μg/kg). A prole recebeu apenas ração basal e foi eutanasiada nos dias pós-natal (DPN) 21 ou 180. A exposição gestacional à menor dose de BPA induziu alterações prostáticas precoces e tardias. A ingestão gestacional de GEN reverteu os efeitos deletérios do BPA sobre os níveis de proliferação celular no epitélio prostático, a arquitetura prostática e a expressão de receptores androgênicos na prole no DPN 21. Um aumento na incidência de inflamação multifocal e de hiperplasia prostática atípica foi observado na prole, no DPN 180, das mães tratadas com a menor dose de BPA, enquanto a ingestão gestacional de GEN atenuou estes efeitos. Desta forma, os resultados do presente estudo indicam que a ingestão de GEN durante a gestação tem ação preventiva contra efeitos adversos do BPA sobre a próstata da prole