Expressão das conexinas 26, 32, 43 e panexina 1 em diferentes etapas da hepatocarcinogênese química associada à fibrose em camundongos C3H/HeJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sensulini, Luis Artur
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235103
Resumo: O câncer de fígado é a quarta maior causa de mortes relacionadas ao câncer com crescente aumento de incidência e mortalidade no mundo nas últimas décadas, tendo como principal representante o carcinoma hepatocelular (CHC). Um dos mecanismos de controle da homeostasia celular é a comunicação intercelular realizada por canais específicos que inclui as famílias de proteínas das conexinas (Cxs) e panexinas (Panxs). No fígado, a Cx32 e Cx26 são as principais formadoras de junções GAP hepáticas, além das células endoteliais sinusoidais que expressam, preferencialmente, a Cx43. Estudos demonstraram que a Cx26 e Cx32 tem expressão elevada no fígado normal e até mesmo em lesões pré-neoplásicas, mas baixa expressão no CHC. Outros estudos demonstraram correlação positiva entre a hiperexpressão da Panx1 com pior prognóstico e risco maior de ocorrência de metástase nos pacientes. Assim, no presente trabalho avaliou-se o comportamento da expressão das Cxs 26, 32 e Panx1 ao longo do processo de hepatocarcinogênese associada à fibrose em camundongos C3H/HEJ, em lesões pré-neoplásicas e neoplasias pela técnica de imunofluorescência. Dessa maneira, camundongos C3H/HEJ, com 14 dias de idade, receberam injeção intraperitoneal (i.p) de 25 mg/kg peso corpóreo (p.c.) de dietilnitrosamina (DEN), ou seu veículo (NaCl 0,9%) no caso do grupo controle. A partir da 8ª semana de vida, por um período de 8 a 29 (grupo interrupção) ou 8 a 46 semanas (grupo contínuo), os camundongos receberam 3 doses i.p semanais de tetracloreto de carbono (CCl4, solução a 10% em doses escalonadas de 0,25 a 1,50 µL/g peso corpóreo, sendo esta última mantida até o final das aplicações). Nas semanas 17, 30 e 47, os animais foram eutanasiados. Amostras de soro e de fígado (com ou sem tumores) foram coletadas para análise sérica de alanina aminotransferase (ALT) ou para histologia/immunoistoquímica e imunofluorescência. A incidência e multiplicidade de lesões hepáticas pré-neoplásicas e neoplásicas foram comparadas nos diferentes pontos de eutanásia. Em geral, os resultados demonstraram que a continuidade de aplicações de CCl4 da 30-46ª semana não influenciaram no tamanho e incidência das lesões macroscópicas ou de adenomas e CHC quando comparado com o grupo interrupção, embora com níveis séricos de ALT maiores no grupo contínuo. Os níveis de proliferação celular Ki-67+, nos adenomas e CHC, foram similares nos grupos de interrupção e contínuo de aplicações de CCl4. A deposição de colágeno nos grupos tratados com CCl4 foi mais intensa no grupo interrompido. Além disso, a expressão da Cx26 e Cx32 foi menor nas lesões hepáticas pre-neoplásicas e neoplásicas em comparação com tecido hepático normal (grupo controle) e no tecido adjacente (grupo DEN/CCl4), com correlação negativa de ambas Cxs com os níveis de Ki-67+. Não houve diferença significativa de expressão de Panx1 6 entre os grupos tratados ou controle, nos diferentes períodos de eutanásia ou evolução da hepatocarcinogênese. Em conclusão, os resultados indicam o modelo animal utilizado pode ser reproduzido com menor número de aplicações de CCl4 e que a expressão das Cxs 26 e 32 são marcadores precoces do processo de carcinogênese associado a fibrose. As próximas etapas, consistem na realização e análise da expressão gênicas das Cxs e Panx1, em amostras de RNA extraídas a partir de microdissecção a laser já realizada de áreas de FHA, adenomas e CHC e tecido hepático normal, além da quantificação de imunofluorescência da Cx43.