Variação do ciclo estral de novilhas Bos taurus indicus (Nelore) em diferentes estações do ano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Corte Júnior, Anivaldo Olivio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94701
Resumo: Seis novilhas Nelore tiveram seus ciclos estrais acompanhados durante diferentes estações do ano (outono n=11; inverno n=8; primavera n=9; verão n=9) com exames ultrassonográficos diários para contar e mensurar folículos ≥3mm. Amostras de sangue foram colhidas a cada 12h para hormônio luteinizante (LH) e progesterona (P4), e a cada 3h do estro até a ovulação para caracterizar o pico de LH. Cinco novilhas ovariectomizadas receberam 17β-estradiol (2μg/kg/p.v.) em cada estação, e amostras de sangue foram colhidas depois disso a cada 3h para quantificação de LH. A diferença percentual mensal ( %) do peso não variou entre as estações. A concentração média de P4 no ciclo estral foi maior (p=0,001) e o número de folículos menor (p=0,001) durante o outono (2,5±0,2ng/mL; 7,8±0,1) e verão (2,9±0,3ng/mL; 6,8±0,2) comparado com o inverno (1,4±0,2ng/mL; 9,6±0,3) e primavera (1,6±0,2ng/mL; 9,7±0,3). Durante o inverno houve mais ciclos estrais com três (5 de 8) e durante o verão somente ciclos com duas ondas foliculares (p=0,009). Como a secreção de LH não variou, apesar da variação sazonal na concentração de P4, e como houve correlação negativa entre os valores máximos de P4 e a variação percentual do fotoperíodo (p=0,0056; r = -0,4465), uma variação sazonal na sensibilidade das células luteínicas ao LH precisa ser avaliada. Nas novilhas ovariectomizadas, a concentração circanual de LH sem o estímulo de estradiol foi significante (p=0,0214). A resposta de LH ao tratamento de estradiol foi menor no verão (0,8±0,2ng/mL vs 1,3±0,5ng/mL). Nós supomos que existe variação sazonal na sensibilidade hipotalâmica ao estradiol.