Resposta hemodinâmica ao exercício físico em piscina aquecida em idosos com hipertensão arterial sistêmica: efeito da imersão e intensidade do exercício físico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Marçal, Isabela Roque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/205078
Resumo: O envelhecimento populacional é uma realidade mundial que impacta a sociedade como um todo. A hipertensão arterial sistêmica (HAS), maior fator de risco para doença cardiovascular e comumente observada em idosos, atinge 36 milhões de indivíduos no mundo, com alta taxa de morbidade e mortalidade. O exercício físico é a medida não-farmacológica mais recomendada para a prevenção, controle e manejo da HAS. Entretanto, as principais diretrizes recomendam exercícios realizados em solo e indivíduos idosos podem apresentar limitações físicas e/ou doenças que impeçam esta prática. Desta forma, o exercício realizado em piscina aquecida vem demonstrando superioridade nas respostas hemodinâmicas quando comparado ao solo nesta população. Porém, pouco se sabe sobre as respostas fisiológicas à imersão e a diferentes intensidades de exercício físico em piscina aquecida em idosos com HAS. Os objetivos deste trabalho foram avaliar, por meio de três estudos, as respostas hemodinâmicas, vasculares e autonômicas cardíacas a uma sessão de imersão em piscina aquecida, bem como a uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade (HIIE) em piscina aquecida versus exercício contínuo de moderada intensidade (MICE), em idosos com HAS. O estudo 1 comparou, em 35 idosos com HAS (67 ± 5 anos), a resposta da pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), rigidez arterial e reatividade endotelial a 30 min de repouso imerso em piscina aquecida (30–32 ºC) ou repouso em solo (21–23 ºC). O estudo 2 analisou, em 15 idosos com HAS (65 ± 3 anos), a resposta da FC durante uma sessão de HIIE (26 min) e uma sessão de MICE (30 min), ambas em piscina aquecida, prescritos e monitorados pela percepção subjetiva de esforço (PSE) de 6-20. O estudo 3 avaliou, em 20 idosos (67 ± 7 anos) com HAS, a resposta da PA e FC de repouso e ambulatorial, da variabilidade da FC de repouso e de 24h, da rigidez arterial e da reatividade endotelial a uma sessão de HIIE (26 min), MICE (30 min) e controle (30 min). O estudo 1 demonstrou um aumento da PA em resposta à imersão em piscina aquecida, mas não ao repouso em solo, o qual foi mantido por 45 min após a interrupção da imersão. O estudo 2 mostrou que a resposta da FC alternou entre o limiar ventilatório 1 e o ponto de compensação respiratória durante o HIIE e se manteve abaixo do LA durante o MICE, sugerindo que escala de PSE de 6-20 é uma ferramenta útil para prescrever e autorregular o HIIE em piscina aquecida (não MICE) em idosos com HAS. O estudo 3 demonstrou que uma única sessão de HIIE ou MICE em piscina não promoveu hipotensão pós-exercício em idosos com HAS. Demonstrou também que o HIIE promoveu aumento da modulação parassimpática a curto prazo em comparação ao MICE e controle; entretanto, a resposta autonômica cardíaca durante 24h manteve-se alterada pós ambas as sessões de exercício, quando comparadas à sessão controle. Os presentes resultados podem ter implicações importantes para a prescrição e recomendação de intervenções com exercício em piscina aquecida em idosos com HAS.