Fototerapia com luz azul combinada à aplicação de clorexidina 0,12% em um modelo ortodôntico com biofilme cariogênico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cavichioli, Eder Augusto Mastropietro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192572
Resumo: Aparelhos ortodônticos fixos criam áreas de estagnação para biofilmes dentários e dificultam a limpeza dos dentes; portanto, existe o risco de desenvolver lesões incipientes de cárie durante o tratamento ortodôntico. O objetivo deste estudo é verificar se a aplicação de luz azul antes da clorexidina 0,12% no esmalte, bráquete e elástico ortodôntico reduziria ou inibiria os biofilmes maduros de Streptococcus mutans e seu crescimento nesses substratos 24 horas após a aplicação dos tratamentos; e se esse tratamento interfere na adesão do bráquete ao esmalte. Biofilmes de S. mutans UA159 foram formados por 5 dias sobre amostras compostas por esmalte bovino, bráquete ortodôntico e elástico ortodôntico. Em seguida, as amostras foram tratadas com NaCl 0,89% por 1 minuto (NaCl), luz azul por 12 minutos (BL), clorexidina 0,12% por 1 minuto (CHX) e luz azul por 12 minutos seguido da aplicação de clorexidina 0,12% por 1 minuto (BL+CHX). O acúmulo de biofilme imediatamente após os tratamentos e 24 horas após os tratamentos foram avaliados por unidades formadoras de colônias (CFU) e peso seco (DW). O pH do meio foi medido no quinto dia e sexto dia. A formação de biofilme nas amostras após os tratamentos (Imediato) e no recrescimento (Regrowth) foi avaliada visualmente por microscopia confocal de varredura a laser (CLSM). O teste de adesão (SBS) entre o bráquete e o esmalte foi feito após as amostras serem termocicladas por 500 ciclos (5°C e 55°C), tratadas e termocicladas novamente nas mesmas condições. O teste de adesão (N/mm²) foi feito com uma máquina de teste universal com uma velocidade de 1 mm/min. Após 5 dias de formação do biofilme, o tratamento com BL+CHX reduziu significativamente a viabilidade bacteriana no esmalte em comparação com o NaCl (p = 0,004) e BL (p = 0,014). Para o bráquete e o elástico, todos os tratamentos resultaram em viabilidade bacteriana semelhante (p≥0,081). No recrescimento, CHX e BL+CHX reduziram significativamente a viabilidade bacteriana no esmalte em comparação com o NaCl (p≤0,015) e BL (p≤0,013). Para o bráquete, BL+CHX reduziu significativamente a viabilidade bacteriana em comparação com NaCl (p = 0,008) e BL (p = 0,009). Para o elástico, BL+CHX eliminou o biofilme do substrato. CHX e BL+CHX reduziram significativamente a viabilidade bacteriana 24 horas após o tratamento para todos os substratos (p≤0,05). O pH do meio aumentou significativamente quando as amostras foram tratadas com CHX e BL+CHX (p≤0,001). Imagens da CLSM mostraram maior quantidade de células mortas nas amostras tratadas com BL+CHX. Não houve diferença no SBS entre os tratamentos (p≥0,932). A associação entre BL+CHX reduziu o biofilme de S. mutans e seu recrescimento em um modelo ortodôntico in vitro e não influenciou na resistência de adesão entre bráquete e esmalte.