Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Tramonte, Maiara Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/251464
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Resumo: |
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de mortalidade e incapacidade mundialmente. Estudos relacionando Cuidados Paliativos (CP) e AVC evidenciam que a especialidade costuma ser acionada tardiamente, geralmente em fase final de vida. A literatura nos mostra que a implementação desses cuidados melhora a qualidade de vida e alteram desfecho em outras patologias crônicas que afetam adversamente a funcionalidade. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo avaliar os pacientes acometidos por AVC isquêmico (AVCi) internados em Unidade de AVC (UAVC) em hospital terciário que tenham recebido indicação de CP durante a internação, levantando dados quanto ao perfil do paciente (dados clínicos, funcionais e sociodemográficos) e sua evolução clínica durante a internação e correlacionar com os desfechos avaliados. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo realizado pela análise de prontuário eletrônico via Stroke Data Bank de 515 pacientes admitidos com diagnóstico de AVCi na UAVC do Hospital das Clínicas - UNESP Botucatu, com idade maior ou igual a 18 anos, no período de 01/2017 até 12/2018. Foram avaliados dados clínicos e funcionais prévios, dados relacionados à evolução durante a internação, como realização de medidas invasivas, uso de opioides e antibióticos, relacionando-os com o desfecho desfavorável (escala modificada de Rankin 4-5), óbito intra hospitalar e avaliação pela equipe de CP. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Dos 515 pacientes com diagnóstico de AVC isquêmico (AVCi), 77 (15%) evoluíram para óbito e 120 (23,3%) com desfecho desfavorável, englobando mRs de alta 4 e 5 e apenas 47 (9,1%) foram avaliados pela equipe de CP. Dos pacientes que receberam a avaliação da equipe (n=47), 39 (83%) evoluíram para óbito e 7 (14,9%) evoluíram com desfecho desfavorável. Na análise univariada nota-se que os principais fatores para ter chamado ou não a avaliação da equipe dos CP foram a idade, NIHSS na admissão e mRs prévio. Dentre os pacientes que evoluíram à óbito, a avaliação pela equipe de CP foi relacionada ao maior uso de opioides em 31 vezes (p<0,001); aumento da alta para a enfermaria em quase 14 vezes e reduziu tempo de permanência em UTI em 3 vezes (p=0,11). Conclusão: Os CP ainda são pouco acionados no contexto de AVCi agudo, e sua solicitação dá-se principalmente para pacientes graves que acabam evoluindo à óbito intra-hospitalar. A avaliação pela equipe de CP nos pacientes que faleceram durante a internação foi relacionada à maior taxa de alta para enfermaria e uso de opioides, inferindo um maior tempo próximo de familiares e melhor controle de sintomas. Ademais, não reduziu o tempo total de internação e nem o tempo de uso de antibioticoterapia, reiterando que essa abordagem não representa retirada de suporte ou aceleramento da morte. |