Escala de identificação precoce dos problemas de aprendizagem matemática em crianças pré-escolares: construção e investigação psicométrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Tavares, Sabrina Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/254843
http://lattes.cnpq.br/0314519442135282
https://orcid.org/0000-0002-0830-344X
Resumo: As habilidades e os conceitos matemáticos são de suma importância para a autonomia do indivíduo, bem como para a compreensão da realidade. Porém, as dificuldades de aprendizagem na matemática atingem grande parte dos estudantes brasileiros. Apesar deste cenário, há carência de instrumentos avaliativos das habilidades matemáticas para identificar crianças pré-escolares com dificuldades em matemática. Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo construir e conduzir os primeiros estudos de validade da Escala de Identificação Precoce dos Problemas de Aprendizagem Matemática (EIPPAM). Para tanto, a pesquisa dividiu-se em dois estudos. Inicialmente, no Estudo 1, foi feito levantamento das habilidades matemáticas requeridas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para crianças de 4 e 5 anos para construção dos itens da escala. A escala então foi submetida à avaliação de juízes da área para a investigação da validade de conteúdo. Num primeiro momento, foi encaminhada para uma especialista com pós-graduação stricto sensu. Após análise semântica e realização de algumas correções, a versão da EIPPAM foi encaminhada para cinco professoras experientes da Educação Infantil para verificar o grau de concordância sobre a faixa etária e dificuldade dos itens. A partir do coeficiente de Kappa foi verificado que não houve concordância nas respostas das docentes. Na análise qualitativa foi evidenciado que 76% dos itens da escala destoaram entre si. O Estudo 2, de corte transversal, teve como finalidade a investigação da validade de construto e de critério concorrente da escala. Por meio de amostragem de conveniência, foram selecionadas 12 docentes de escolas com turmas de níveis 1 e 2 da Educação Infantil da rede municipal na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo. Com a versão final da escala, foram obtidas 188 escalas preenchidas nesta etapa. Uma subamostra de 100 crianças realizou individualmente as tarefas elencadas no Estudo 1 para investigar a validade de critério do instrumento. A validade de construto da escala foi investigada por meio de análises fatoriais confirmatórias, as quais evidenciaram o modelo bidimensional como superior entre os demais modelos testados. A consistência interna e a confiabilidade da escala apresentaram índices excelentes. Na comparação entre os grupos, observou-se que a maioria dos itens obtiveram diferença significativa, com maiores médias para o nível 2 em relação ao nível 1. Para a investigação da validade de critério foram realizadas análises por meio de correlações de Pearson, sendo encontrado uma correlação significativa entre a escala e as tarefas. Na análise de regressão o fator Números da escala e idade obtiveram maior proporção de variância explicada para o escore total da tarefa. Portanto, a escala obteve bons indicadores psicométricos para identificar crianças com risco de apresentar problemas de aprendizagem matemática na pré-escola.