As diretrizes programáticas e a política educacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paludeto, Melina Casari [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MST
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153083
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo analisar as diretrizes programáticas e a política educacional do MST, a partir da relação que é estabelecida entre o Movimento, a política, a economia e a sociedade. Para isso, identificamos e analisamos os principais objetivos da educação do MST; verificamos a articulação entre as proposições políticas, econômicas e educacionais e, por fim, buscamos desvendar as mudanças ocorridas nas tendências educacionais veiculadas e aplicadas pelo MST a partir de 2000, tendo em vista os dois Encontros Nacionais de Educadores da Reforma Agrária (ENERA) realizados em 1997 e 2015, respectivamente. Outro objetivo que nos debruçamos nesta pesquisa foi compreender a relevância do estudo da educação do MST na atualidade. O Movimento tem sua origem no enfrentamento do avanço histórico do capital no campo. Um dos resultados de sua luta é a organização e desenvolvimento de uma Pedagogia autêntica que tem formado conceitual e politicamente seus militantes para o trabalho, para a vida e, principalmente, para a continuidade da luta do MST. A crise do capitalismo impactou profundamente a configuração societal do mundo contemporâneo. Tratou-se de uma rearticulação política, econômica e social que, no âmbito dos processos de produção, trouxe alterações nas implementações de novas tecnologias, tornando a expansão do capital global. O avanço do capital na atualidade no campo é designado de agronegócio. Contra esse modelo, o MST, desde 2014, passou a defender, por meio do Programa Agrário da Reforma Agrária Popular, uma produção com outra matriz sócio-produtiva: a agroecologia. Diante do novo enfrentamento, com novas características, o Movimento tem retomado as bases de sua educação buscando atualizá-la para os novos enfrentamentos. Os cursos técnicos em agroecologia têm assumido a dianteira neste novo projeto do MST, contudo, os desafios para a construção de uma educação nos moldes do novo Programa Agrário são inúmeros, e extrapolam a luta pela terra, a conquista e a consolidação da Pedagogia do Movimento nas escolas. No cenário atual, a educação do MST se faz necessária por ser uma das poucas expoentes na luta por uma educação de qualidade com valores contra-hegemônicos. Para a realização desta pesquisa os procedimentos utilizados foram a pesquisa bibliográfica e a documental.