Análise espacial da criminalidade em uma grande metrópole: um estudo de caso para o município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Durlo, Raul de Sá [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144976
Resumo: Este trabalho tem como objetivo inferir sobre características e padrões espaços-temporais da criminalidade no contexto de uma grande cidade. O crime na sociedade é um problema complexo, que abrange um grande leque de interpretações e que passou a incorporar a agenda de pesquisa em economia principalmente após o trabalho seminal de Gary S. Becker (1968). De modo mais recente, é observado um crescente interesse nos aspectos geográficos da análise da criminalidade. Particularmente interessante é o fenômeno da criminalidade urbana, que em grandes centros apresentam padrões e dissimilaridades intra-regionais não negligenciáveis. A cidade de São Paulo é uma das grandes metrópoles mundiais, com quase 12 milhões de habitantes e com índices de criminalidade que impõem altos custos à qualidade de vida e ao bem-estar de seus habitantes. Neste trabalho, o fenômeno da criminalidade foi investigado do ponto de vista histórico e teórico, apontando os principais parâmetros para se interpretar o crime nas cidades. Posteriormente, discutiu-se a criminalidade no contexto do município de São Paulo com ênfase na década de 2000. Na abordagem empírica, as ocorrências de crimes contra pessoa e contra o patrimônio, registradas nos anos de 2003 e de 2013 nos distritos do município, foram relacionadas a varáveis socioeconômicas e de características do ambiente urbano por meio da metodologia SUR-espacial. Para comparabilidade entre Distritos Municipais e Distritos Policiais, foi formulada uma metodologia de agregação que os compatibilizassem em termos espaciais. Para detecção de não-aleatoriedade espacial nas ocorrências criminais foi calculada a estatística I de Moran. Os resultados corroboram com a hipótese de que o espaço urbano é importante para explicar a criminalidade em diversos aspectos, como por exemplo, as formas de uso do solo urbano, as condições de moradias e a proporção de empregos formais por moradores nos bairros.