Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Aguilar, Jailson Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204450
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Resumo: |
O algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L.), é uma espécie da família Malvaceae amplamente cultivada no Brasil em diferentes sistemas de produção, desde pequenas glebas, de agricultura familiar, até plantios empresariais com alto nível tecnológico. Esta commodity ocupa um papel de destaque dentro do cenário econômico social brasileiro, e seu sistema de produção enfrenta gargalos produtivos que estão sendo superados com o avanço científico. Neste sentido, desenvolvemos dois experimentos para tratar do Ni, quanto a seu papel nutricional, veiculado via foliar, e quanto ao potencial como contaminante de solos cultivados com algodoeiro. Para verificar se o Ni melhora a assimilação da ureia, bem como se pode representar danos ao processo fotossintético desenvolvemos um experimento arranjado em esquema fatorial 2 × 5, com ureia [4% e 8% (p/v)] em função de cinco concentrações de Ni como NiSO4 · 6H2O (0; 0,15; 0,30; 0,60 e 1,20 g L-1) aplicados via foliar em plantas de algodoeiro no início da fase reprodutiva com quarenta e dois dias de idade. Foram aferidas as características de trocas gasosas e alguns metabólitos revelando efeito positivo do Ni na taxa fotossintética em doses intermediárias (0,6 g L-1 e 0,3 g L-1) e diminuição na maior dose. A atividade da enzima urease foi responsiva às concentrações de Ni com aplicação de ureia de modo que 0,3 e 0,6 g L-1 se mostraram promissoras para abordagens futuras. No outro extremo, para verificar se o limite tóxico do Ni no algodoeiro pode ser influenciado pelo pH do solo, realizou-se um experimento em esquema fatorial 2 × 5, com dois níveis de saturação por bases (50 % e 70%) combinados com cinco concentrações de Ni (0, 30, 60, 90 e 180 mg kg-1). A aplicação da maior dose de Ni diminuiu as trocas gasosas e os pigmentos, 90 mg kg-1 também diminuiu a taxa fotossintética apenas com a saturação por bases de 50%. O crescimento da planta foi menor com 180 mg kg-1 seguido de 90 mg kg-1 dentro dos dois níveis de saturação por bases. O conteúdo de malonaldeído se comportou de maneira parecida com peróxido de hidrogênio de modo que apenas 90 e 180 mg kg-1 acarretaram maiores níveis de peroxidação lipídica. As plantas cultivadas em 60 e 90 mg kg-1 demonstraram menor crescimento em comparação aos tratamentos inferiores mas este efeito não se apresentou nos pigmentos e no status fotossintético indicando que o algodoeiro pode ter mecanismos de aclimatação ao Ni. A interação entre os níveis de saturação por bases se destacou apenas em 90 mg kg-1 com 70% de saturação por bases, aliviando os efeitos deletérios do Ni no crescimento e conteúdo de MDA das folhas. Concluímos que o algodoeiro é sensível ao Ni no solo dentro da faixa de pH 5-5,5 e que a aplicação de ureia com Ni nas folhas merece atenção pois esta combinação provocou incrementos em trocas gasosas e na atividade da enzima urease sendo essas duas características responsivas diretamente ao Ni. |