A mulher na fábrica de sapatos: trabalho e gênero na indústria calçadista de Franca (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Tomazini, Maria Lúcia Vannuchi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106299
Resumo: Este estudo focaliza os impactos da reestruturação produtiva sobre a divisão sexual do trabalho na indústria calçadista de Franca, interior paulista. Ancora-se nas categorias analíticas classes sociais e relações sociais de sexo/gênero e tem como hipótese que o capitalismo contemporâneo, para assegurar o processo de acumulação, vale-se de uma reestruturação produtiva e de diversos mecanismos, dentre os quais, formas específicas de exploração e dominação, a exemplo da estabelecida entre sexos, que potencializam sua capacidade produtiva e garantem a reprodução do sistema. O estudo procura, então, desvendar seus reflexos sobre as relações sociais de sexo em um espaço empírico; investiga, por meio de estudo de caso, sua incidência em uma unidade fabril, retratando as repercussões sobre as operárias que nela trabalham. A pesquisa retrata, também, as estratégias utilizadas pelas trabalhadoras para conciliar as atividades fabril e doméstica, bem como as suas formas de inserção e participação no espaço público. Percorre, ainda, os meandros da cotidianidade, das representações, da subjetividade da sapateira. A análise da problemática permite-nos perceber como a empresa pesquisada assegura a sua sobrevivência no competitivo mercado globalizado, por meio de maior produtividade com menores custos, o que, em larga medida, é possibilitado pela divisão sexual e exploração do trabalho, não raro, veladas pela naturalização do social e por laços paternalistas de cooperação e parceria.