Hans Joachim Koellreutter: uma experiência de vanguarda nos trópicos? (1938-1951)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Avila, Danilo Pinheiro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144519
Resumo: Esta pesquisa objetiva compreender as diversas atividades musicais construídas ao longo da década de 1940 pela participação de Hans Joachim Koellreutter no Música Viva. Se, nos primeiros anos desta década, este é entendido como grupo e sociedade, após 1944 assume uma feição específica em torno da liderança de Koellreutter em função dos seus alunos e ex-alunos. Compositor e professor advindo dos círculos da Neue Musik alemã, sua personagem é controversa e suscita uma movimentação neste período que pretende fundar uma nova etapa da modernidade musical brasileira – pelo menos é deste consenso que partem as principais interpretações. A fim de propor uma leitura histórica da sua trajetória, a presente dissertação se divide em três diferentes capítulos de coerência documental e interpretativa própria, verticalizando dilemas específicos a cada movimento dado pelo compositor, procurando compreendê-lo em sua historicidade. Este gesto visa se distanciar dos recursos de memória e se ater ao elo entre as fontes documentais e musicais – principalmente para interrogar a forma serial específica que é trabalhada pelo compositor teuto-brasileiro. Neste horizonte, o conceito de vanguarda surge como um elemento de contradição, partindo-se do pressuposto de que é um termo autorreferido pelo grupo e construído teoricamente; entretanto, ao pensarmos na trajetória do “estilo” de Koellreutter e a filosofia do material que a engendra, temos uma tessitura que não se identifica ao modernismo precedente, nem às intenções do mercado.