Estudo citogenético e evolutivo em espécies brasileiras de Eleocharis (Cyperaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Carlos Roberto Maximiano da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102723
Resumo: A família Cyperaceae é a terceira maior entre as monocotiledôneas, com 42 gêneros encontrados no Brasil. Eleocharis é o quarto gênero mais diverso, com 69 espécies encontradas em áreas alagadas, margens de rios e lagos. São plantas com morfologia simples, porém, com uma grande variação morfológica. Isto tem dificultado a identificação e organização taxonômica deste grupo. Este gênero, assim como toda a família, também é conhecido por possuir cromossomos holocêntricos, meiose pósreducional e formação de pseudomônades, além de uma grande variação intra- e interespecífica no número cromossômico. Buscando compreender a evolução cariotípica e esclarecer problemas taxonômicos neste grupo, foram estudadas 259 amostras de 10 estados brasileiros, representando cerca de 40% das espécies. Análises citogenéticas revelaram variação cromossômica interespecífica de 2n = 6 (E. subarticulata e E. maculosa) até 2n = 60 (E. laeviglumis), causada principalmente por poliploidia. Apesar desta variação, o número básico x = 5 é sugerido. As maiores variações intraespecíficas foram encontradas em E. maculosa (2n=10, 8, 7 e 6) decorrente de simploidia e no complexo de espécies formado por E. viridans e E. niederleinii, nas quais os dados citogenéticos e moleculares indicam uma origem híbrida associada à fissão e/ou fusão cromossômicas e poliploidia. A localização física dos sítios de DNAr 45S e 5S por FISH mostrou sinais de 45S sempre terminais e com múltiplos sítios (2 a 10). Esta multiplicação de sítios pode ser resultado de amplificação seguido de dispersão pelas pontas dos cromossomos com mesmo tamanho. O sítio de DNAr 5S foi menos variável em número (2 a 4) por cariótipos, contudo, variou entre as posições terminais e intersticiais. Este estudo mostra que os mecanismos responsáveis...