Anatomia de espécies de Leiothrix RUHLAND (Eriocaulaceae, Poales) e sua importância para a taxonomia e filogenia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mascarenhas, Ana Angélica Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214222
Resumo: Eriocaulaceae apresenta ca. de 1.400 espécies distribuídas em 10 gêneros, dentre eles, Leiothrix, que se diferencia dos demais por apresentar ramos nectaríferos e estigmáticos posicionados em diferentes alturas no estilete das flores pistiladas e diferentes tipos de fusionamento da corola nas flores estaminadas. Estudou-se o desenvolvimento e a vascularização das flores, morfologia das sementes e desenvolvimento pós-seminal, bem como a anatomia de folhas e escapos, visando elucidar questões morfológicas e anatômicas e auxiliar na compreensão de suas relações infragenéricas. Suas flores são recobertas por brácteas, desenvolvendo primeiramente o cálice, seguido do complexo pétala-estames e do pistilódio nas flores estaminadas; e do gineceu nas flores pistiladas. A fusão das sépalas e pétalas das flores estaminadas é congênita (porção basal) e pós- genital (porções mediana e apical). O desenvolvimento do gineceu apresenta crescimento diferencial dos tecidos marginais dos carpelos (heterocronia), que reflete nas diferentes alturas dos ramos nectaríferos no estilete. As sementes de Leiothrix apresentam formas variadas, com contorno das células do envoltório e padrão de ornamentação diferentes entre as espécies estudadas, o que auxilia na identificação das mesmas. O desenvolvimento pós-seminal segue o padrão para Eriocaulaceae. Folhas com mais de sete feixes vasculares estão presentes nos representantes de Leiothrix da Cadeia do Espinhaço-Bahia, e folhas com hipoderme e número reduzido de feixes vasculares naqueles da Cadeia do Espinhaço-Minas Gerais. Estômatos com câmara subestomática especializada nas folhas e escapos, número de feixes vasculares nas folhas, espessamento das paredes das células epidérmicas nos escapos, presença de pseudoviviparidade e número de camadas e tipo de espessamento das células do periciclo nos escapos corroboram parcialmente tanto a antiga quanto a atual classificação de Leiothrix.