Diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do alto Sorocaba (SP): fragilidade ambiental e dinâmica da paisagem aplicados à preservação dos recursos hídricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Walison [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258168
Resumo: O avanço das áreas antropizadas sobre as regiões de vegetação nativa tem impactado negativamente os sistemas naturais, ocasionando mudanças ambientais que poder ser irreversíveis. Nesse contexto, o estudo da fragilidade ambiental é fundamental para avaliar a suscetibilidade dos ecossistemas, abordando questões como vulnerabilidade do habitat, poluição hídrica, erosão do solo e degradação dos mananciais. A integração de variáveis naturais e antrópicas permite identificar as adequações no uso da terra, essencial para o planejamento ambiental e a formulação de políticas sustentáveis. A simulação de cenários futuros de uso do solo e cobertura vegetal é uma ferramenta crucial para planejar estratégias e tomar decisões informadas. Esta pesquisa teve como foco a Bacia Hidrográfica do Alto Sorocaba (BHAS), identificando as áreas de maior risco ambiental, particularmente vulneráveis à erosão e fragmentação florestal, priorizando a proteção dos recursos hídricos. A metodologia envolveu a delimitação da BHAS usando MDE FABDEM no QGIS, a criação de mapas de uso da terra para 2002, 2012 e 2022 via Google Earth Engine (GEE), e a simulação do cenário para 2042 utilizando o plugin MOLUSCE no QGIS. A caracterização da paisagem foi baseada em metodologias de Ross (1994), Crepani et al. (2001) e na Equação Universal de Perda de Solo, com dados pedológicos, geológicos e pluviométricos específicos. A análise indicou uma redução de 17,75 km² nas áreas florestais, com uma taxa anual de mudança de -0,24%, enquanto áreas de silvicultura aumentaram com uma taxa de 65,74%, mostrando o avanço das atividades agrícolas. A previsão para 2042 sugere um aumento das áreas antropizadas, especialmente silvicultura. As áreas florestais mais contínuas e fragmentos maiores estão no limite superior da BHAS e na Zona de Conservação da APA Itupararanga. O Indicador de Riscos de Extinção dos Fragmentos Florestais mostrou que os fragmentos com maior risco estão na área central da BHAS e na cabeceira do Rio Sorocamirim. Por sua vez, o Índice de Sustentabilidade Ambiental da Água indicou que as sub-bacias dos Rios Sorocabuçu e Una têm os melhores índices, enquanto a sub-bacia do Rio Sorocamirim apresenta os piores, devido à baixa cobertura de esgotamento sanitário. Ambos os modelos de vulnerabilidade ambiental analisados, confirmam que a dinâmica de uso da terra aumenta a fragilidade do solo, o que é corroborado pela utilização da Equação Universal de Perda de Solo. Deste modo, pode-se concluir que na BHAS a sub-bacia do Rio Sorocamirim, principalmente na região da cabeceira, apresenta os cenários mais delicados em relação a vulnerabilidade ambiental dos fragmentos florestais e também dos recursos hídricos. Diante deste cenário, fica evidente a necessidade da promoção de políticas de gestão participativa, que leve em consideração as necessidades da população local juntamente com incentivos a restauração ecológica e de preservação das Áreas de Proteção Permanentes.