O diagnóstico psicológico à luz da teoria histórico cultural: implicações para a educação escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Zago, Luis Henrique [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148599
Resumo: Esta investigação foi desenvolvida no interior da linha de pesquisa “processos formativos, infância e juventude” do programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP). Aborda a complexidade da construção de diagnósticos referentes a problemas escolares. Fundamenta-se na Teoria Histórico-Cultural. O foco da pesquisa é entender como os profissionais da psicologia constroem um diagnóstico sobre os problemas escolares relacionados à atenção e propor formas avaliativas que estejam em conformidade com os postulados da teoria histórico cultural. Assim, o objetivo foi iniciar um estudo que aponte caminhos para um trabalho clínico referente a problemas escolares que tenha embasamento na teoria histórico cultural. Para a pesquisa foi selecionada uma criança que foi encaminhada a clínica de psicologia com queixa de dificuldade de aprendizagem e comportamento. Os resultados da pesquisa indicam que muitas vezes idiossincrasias que destoem do significado social imposto são taxadas como patológicas, não se permitindo um desenvolvimento que tente harmonizar o sentido pessoal ou que considere o questionamento ao estabelecido. A nosso ver a avaliação passa a ser a busca de explicações capazes de desvelar as relações dinâmico-causais de comportamentos em processo de desenvolvimento. Nesta acepção o sistema psicológico, diversamente do que propalado pelos paradigmas mecanicistas e organicistas, deve ser considerado em sua dimensão simbolizadora, uma vez que os signos desempenham papel constitutivo no comportamento humano, ou seja, a atenção e as demais funções psicológicas superiores, no processo de ontogênese, estão atreladas a sentidos e significados socialmente estabelecidos. Isto inviabilizaria uma análise das ditas funções que considerasse apenas a dimensão biológica. Assim, nossa avaliação desloca-se de uma análise do indivíduo para um estudo das relações sociais e processos interpsíquicos. Para tanto buscamos empreender um avaliação da queixa apresentada pelos pais, a criança e a escola; uma análise da história do desenvolvimento da criança; buscamos avaliar quais são as necessidades da criança, quais meios usa para satisfazê-las e em quais condições ela se encontra inserida; por fim, investigamos quais as causas das atividades da criança.