Geoarqueologia e paleoidrologia da planicie aluvial holocênica do alto Rio Madeira entre Porto Velho e Abunã - RO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tizuka, Michelle Mayumi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92805
Resumo: Embora no Brasil não exista uma percepção de importância, no contexto mundial o rio Madeira merece destaque, uma vez que se trata do quarto maior rio do mundo em vazão e o maior afluente da bacia do Amazonas em descarga líquida e sólida. Com vazão média de 20000 m3/s o rio Madeira drena uma área de 1.360.000 km² de extensão sendo membro do seleto grupo hidro-geomorfológico dos nove mega-rios “anabranching” do mundo. O alto rio Madeira é caracterizado por um vale canal marcado por diversos afloramentos rochosos na forma de lajes, blocos e matacões. Esse leito rochoso permite a formação de numerosas corredeiras e cachoeiras das quais três possuem queda mais acentuada e altos valores de velocidade de água: Jirau, Teotônio e Santo Antônio. A região do alto rio Madeira é crucial para o entendimento do padrão de assentamento das populações pretéritas na Amazônia devido à presença de um registro arqueológico de quase todo o Holoceno, que tange importantes questões paleoambientais e arqueológicas. A abordagem geoarqueológica tem aumentado significativamente na arqueologia brasileira e sul-americana, mas os trabalhos focados em geoarqueologia de sistemas fluviais ainda são raros. Neste estudo, identificam-se possibilidades de correlações entre o sistema fluvial e as ocupações pretéritas, durante o Holoceno. Neste contexto arqueológico e paisagístico incluem-se sítios com ocupações recuadas de até 7700 anos antes do presente (AP) e sítios que apontam como os mais antigos vestígios de terra preta (TP) em toda a Amazônia, indicando um período de longa duração de ocupação humana pretérita e uma forte relação do homem com o sistema fluvial. Entender essas relações torna-se essencial para contextualizar os sítios arqueológicos com outras áreas de Amazônia, além de fornecer subsídios para compreender condições hidro-geomorfológicas do rio Madeira durante o Holocene na regiao de seu alto curso