Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, John David Peliceri da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/148849
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é analisar a voz da personagem Manuela de Paula Ferrreira do romance histórico contemporâneo A casa das sete mulheres (2002), de Leticia Wierzchowski (1972). A análise consiste numa reflexão sobre o posicionamento transgressor da personagem, que apresenta uma voz abafada e dissonante no contexto do romance, podendo significar uma resistência ao sistema patriarcal brasileiro do século XIX. Baseia-se nos estudos discursivos de Bakhtin (1988) para abordar o estado de prisão, os costumes e as regras, a política e a guerra, tendo como objetivo temático o amor por Giuseppe Garibaldi. Procura-se, assim, realizar um estudo detalhado do diário íntimo e crítico em que a personagem anotava suas confidências, a fim de se compreender a sua voz e seu comportamento social. Para a análise desse diário, recorre-se aos conceitos de narração (GENETTE, 1979) e de memória (SPERBER, 2009), que permitem abranger toda a matéria transgressora nele implicada, no plano da civilidade, da exclusão e da submissão social, que acentua possíveis identidades (DELEUZE, 1995) como resposta a discursos autoritários. Por fim, o trabalho pretende discutir a tradição popular “Noiva de Garibaldi”, que tomou corpo depois que Giusepe Garibaldi dedicou a Manuela algumas linhas de suas memórias. Espera-se com isso contribuir para a compreensão dessa figura histórica e de seu papel na Guerra dos Farrapos. |