O uso de geotecnologias em estudos integrados de variáveis físicas e socioambientais em bacias hidrográficas

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Paixão, Bruna Martins da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: RUSLE; Variáveis censitárias; Vulnerabilidade socioambiental; Geotecnologias; Erosão laminar; Census variables; Social and environmental vulnerability; Geotechnology; Laminar erosion
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215479

A erosão laminar é um problema frequente em bacias hidrográficas, além de ser uma das mais relevantes formas de degradação dos solos agrícolas brasileiros. Os principais impactos negativos decorrentes desse processo envolvem a sedimentação, o assoreamento dos rios, a perda de qualidade da água e a queda de produtividade agrícola, os quais são intensificados pela influência antrópica, principalmente em relação às mudanças no uso da terra. Nesse sentido, há a necessidade de serem consideradas as interações entre os setores social, econômico e ambiental na busca de estratégias de conservação das bacias hidrográficas. O presente estudo visa apresentar uma análise integrada de aspectos de renda e condições sanitárias com a perda de solo na Bacia Hidrográfica do Rio Sorocabuçu, localizada em Ibiúna (SP), por meio da elaboração de um indicador de vulnerabilidade socioambiental. Para tal, são utilizadas geotecnologias para a aplicação da RUSLE como modelo de estimativa de perda de solo e para o mapeamento de variáveis censitárias relacionadas aos aspectos de renda e às condições sanitárias dos domicílios localizados na bacia hidrográfica. O indicador de vulnerabilidade socioambiental, com base na técnica de álgebra de mapas, busca verificar a correlação entre as variáveis censitárias e a perda de solo por erosão laminar por meio do estabelecimento de diferentes classes. Constatou-se que a BHRS apresenta baixa suscetibilidade erosiva, com uma perda de solos anual média de aproximadamente 5,0 t/ha·ano. A maior parte de sua extensão apresenta perdas abaixo de 1 t/ha·ano, evidenciando a importância das áreas de mata na contenção dos processos erosivos. As maiores perdas estão associadas à mineração e às culturas temporárias, atividades desenvolvidas em declividades acentuadas e em um tipo de solo com alto potencial erosivo. Foram identificados problemas relacionados à deficiência de abastecimento de água da rede geral e à falta de esgotamento sanitário via rede geral, além de uma renda média mensal domiciliar baixa. O IVSA baixo foi predominante na bacia, entretanto, se concentra em localidades específicas, as quais apresentaram os melhores aspectos de renda e condições sanitárias, bem como as taxas anuais de perda de solo consideradas baixas. A elaboração do IVSA possibilitou uma metodologia eficaz para a análise integrada de dados físicos e socioeconômicos, os quais, apesar de atuarem simultâneamente na construção e na modificação da paisagem, são pouco estudados de forma agrupada.