As filhas da Irmã Lua: etnografia de um mosteiro de monjas paulistas enclausuradas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rosa, Patrícia Cristina de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144256
Resumo: A presente pesquisa buscou compreender como se constrói e como se expressa a religiosidade de um grupo de monjas paulistas da Ordem de Santa Clara de Assis. Em outras palavras, a investigação procurou refletir sobre as mudanças e as permanências que ocorrem nessa realidade específica, analisando as constantes (re)significações que as irmãs realizam sobre sua própria situação. Para tanto, foi necessário contextualizar as origens do monaquismo, da clausura religiosa e sua expansão no Ocidente, enfatizando a influência dos preceitos de Francisco de Assis sobre a fundadora da Ordem, Clara de Assis, no século XIII. Também foi importante fazer um levantamento historiográfico do desenvolvimento da vida religiosa feminina no Brasil até os dias contemporâneos, devido às transformações que vêm ocorrendo nos institutos de vida consagrada e afetam, também, a religiosidade clariana. Fez-se necessário pensar a trajetória das mulheres que compartilham desses ideais monásticos, compreendendo as motivações para o ingresso e permanência na vida religiosa, analisando seu cotidiano no claustro e refletindo sobre as relações dentro do mosteiro e além dele, isto é, com a hierarquia católica e a sociedade laica. A partir do trabalho etnográfico no mosteiro paulista, foi possível constatar que as religiosas se adaptaram a uma realidade capitalista e globalizada, conservando os preceitos de sua fundadora. As práticas da oração contemplativa, pobreza e clausura permaneceram como partes inerentes à vocação clariana. O estudo dessa religiosidade possibilitou a compreensão dos sentidos e significados atribuídos à eclesialidade contemplativa e permitiu conhecer qual o lugar da vida religiosa monástica feminina nos dias contemporâneos.