Uso de medicamentos em pacientes idosos portadores de doença de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Daltin, Jussemi Biazon [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/145031
Resumo: Objetivos: Analisar o perfil da prescrição de inibidores da colinesterase e de outros medicamentos em pacientes idosos portadores de demência da doença de Alzheimer (ddA) atendidos em centro de atenção a idosos no município de Bauru/SP. Métodos: Estudo de delineamento transversal, descritivo e analítico, realizado com idosos portadores de demência da doença de Alzheimer (ddA), do Programa Municipal de Atenção ao Idoso (PROMAI), no período de abril de 2015 a agosto de 2015. Participantes: 81 idosos (66 mulheres e 15 homens) que faziam acompanhamento no Programa Municipal de Atenção ao Idoso (PROMAI). Resultados: Dos idosos, 81,5% pertencia ao sexo feminino, 92,6% tinham 75 anos ou mais de idade, 64,2% não eram casados, 58% tinham até 4 anos de escolaridade, 60,5% tinham renda de até um salário mínimo, 60,5% tinham como cuidador principal as filhas e 90,1% residiam com algum familiar. Dentre as comorbidades mais comuns associadas às demências encontramos hipertensão arterial (29,6%), diabetes melitus (13,4%), hipotireoidismo (8,4%) e dislipidemias (7,8%). A capacidade cognitiva expressa pelo MEEM foi em média 14,5 pontos. A polifarmácia esteve presente em 63% dos idosos e, dentre eles, 77,8% faziam uso de algum MPI. A frequência de prescrição dos ICH foi: 54,9% rivastigmina, 33,3% donepezila e 11,8% galantamina. A memantina teve uma prevalência de prescrição de 2,5%. Dos motivos do não uso de tratamento para a ddA, os efeitos colaterais indesejáveis representaram 28% dos casos. Dos idosos estudados, 91% tinha acesso ao tratamento com os ICH através do programa de medicamentos do CEAF. O CDR (Clinical Dementia Rating) não foi encontrado na totalidade dos prontuários analisados. Conclusão: A polifarmácia esteve presente em 63% dos idosos estudados e 77,8% faziam uso de algum MPI. A polifarmácia teve associação estatisticamente positiva com o número de comorbidades (p=0,0018), escolaridade (p=0,0017), hipertensão arterial (p=0,0013) e diabetes melittus (p<0,01) e o uso de MPI apresentou associação estatisticamente positiva com a polifarmácia (p<0,01). Dos medicamentos para tratar a ddA a rivastigmina aparece com a maior prevalência de uso, 34,6%, e 30,9% não faziam uso de nenhum tratamento para a ddA. Efeitos colaterais indesejáveis e doença em estado avançado, 28%, aparecem como os principais motivos de não uso de medicamentos.