Desenvolvimento de filmes nanoestruturados Layer-by-Layer com foco em sistemas de materiais sensíveis a estímulos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Paula Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/158324
Resumo: Neste trabalho foram desenvolvidos diferentes tipos de filmes Layer-by-Layer (LbL) sensíveis a variação de pH, temperatura, exposição a luz e presença de carboidratos, com o objetivo de criar sistemas com resposta a estímulos que podem ser aplicados na área médica e ambiental para a entrega modificada de fármacos e pesticidas. O trabalho foi dividido em três partes, sendo o primeiro focado na liberação da emodina. Foram fabricados filmes com a emodina imobilizada diretamente e outra em que o fármaco foi encapsulado nos lipossomos formados por dipalmitoil fosfatidil glicerol (DPPG) e palmitoil fosfatidil glicerol (POPG) e então intercalado com polieletrólitos. Ambos os filmes foram expostos a condições fisiológicas e liberaram a emodina por um período prolongado em função da mudança de pH e temperatura. A segunda parte do trabalho é focado na construção de filmes com um polímero baseado em espiropirano (poli(SP-R)), um composto que quando recebe luz UV é convertido para a forma aniônica merocianina (poli(MC-R)) mudando sua cor e carga superficial. O filme foi composto pelo policátion poli(alilamina hidroclorada) (PAH) formando o (PAH/poli(SP-R))n que se desprendeu do substrato pelo processo disassembly após longo tempo de exposição à luz branca. Na terceita parte do trabalho foram desenvolvidos filmes com o polímero baseado em ácido fenil borônico (PBA), que tem a capacidade de se ligar covalentemente à açucares. Foram fabricados intercalado com PVS resultando no filme (PEI/PVS)2(PBAp/PVS)n. Também foram preparados filmes com o corante fluorescente piranina como poliânion, substituindo o PVS, a fim de verificar o crescimento e decomposição do filme com moléculas relativamente pequenas, formando (PEI/PVS)2(PBAp/PYR)n e ambos os filmes foram capazes de responder em segundos a presença de frutose. Os filmes desenvolvidos foram caracterizados por técnicas spectroscopicas como UV-vis, Fluorescência, Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e Ressonância Plasmônica de Superfície, além de elipsometria, Microscopia Eletrônica de Varredura e técnicas eletroanalíticas. As soluções usadas no preparo do filme foram estudadas por Potencial Zeta e Espalhamento de Luz Dinâmico. A partir do desenvolvimento de sistemas responsíveis à estimulos podem ser fabricados no futuro dispositivos para a área médica como curativos, para a área ambiental que façam um controle de liberação de pesticidas ou mesmo embalagens inteligentes para alimentos que podem liberar um aditivo ou agir na absorção da luz.