Nas redes da Àte: A hybris de Xerxes em Os persas de Ésquilo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rodrigues, Marco Aurélio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91535
Resumo: Quando a rainha Atossa inicia sua explanação sobre um presságio concebido em sonho, o público helênico sentia o alívio de não ser ele a passar por aqueles momentos de angústia, mas também, através das palavras de Ésquilo, se impressionou com o relato e desespero que davam o mote inicial à única tragédia baseada em fatos históricos a chegar até nós: Os Persas (472 a.C.). A mais antiga tragédia grega de que se tem notícia é, também, o relato de um momento único e crucial na história do povo grego, que garantia a continuidade de sua tão valorosa liberdade e o início de uma nova forma de pensar e agir. Na tragédia Os Persas, ao introduzir alguns dos valores de sua época, Ésquilo demonstra os motivos pelos quais os gregos merecem a vitória e quais são as falhas cometidas pelos persas. Sendo assim, a noção de hybris (a soberbia), um desvio na conduta do homem em relação ao seu equilíbrio com as divindades, é tida como justificativa para os atos de Xerxes que, segundo o tragediógrafo, tornavam-se cada vez mais envoltos nas redes que a Áte (a divindade Erronia) cria aos propensos à ruína. Dessa forma, a dissertação se propõe a analisar a tragédia Os Persas verificando os aspectos que justificam a presença da hybris em Xerxes e, por consequência, a derrota nas Guerras Médicas