Intervenções em corpos hídricos urbanos: uma visão da atual conjuntura no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Camacho, Sara [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148607
Resumo: A urbanização descontrolada gerou a problemática dos rios urbanos, que consequentemente, tem afetado a vida da população que vive nas cidades. A crescente preocupação acerca dos problemas ambientais deu início a processos de recuperação dos rios degradados e seu entorno. No entanto, esse cenário no Brasil é ainda incipiente e evolui a passos lentos, onde boa parte das informações sobre intervenções dessa natureza encontram-se dispersas, desconexas e perdidas, não existindo conhecimento suficiente sobre a quantidade, localização, resultados gerados e diversos outros fatores. Nesse contexto, o presente trabalho busca preencher algumas lacunas existentes acerca desse conhecimento, averiguar se os esforços têm gerado resultados positivos, bem como discutir sobre dificuldades e perspectivas relativas à recuperação dos corpos hídricos urbanos no país. Para tal, foram reunidos vinte e um projetos que, em maior ou menor escala, visaram melhorias em corpos hídricos e, a partir da avaliação do contexto urbano, ambiental e social onde estavam inseridos, foram identificados e sistematizados parâmetros relacionados aos objetivos almejados e ações alcançadas, buscando identificar padrões e características projetuais, para que dessa forma, contribua na obtenção de resultados mais abrangentes e incisivos futuramente. A avaliação mostrou a fragilidade das políticas públicas nacionais em relação aos recursos hídricos em geral, onde, na grande maioria, são empregadas ações pontuais, superficiais, e incompletas, que não solucionam os distúrbios que afetam as áreas degradadas de maneira concreta e efetiva, e onde são utilizadas medidas que geram resultados meramente estéticos e que não alteram de fato a qualidade ambiental. Ainda, existem divergências entre as medidas previstas a serem realizadas e o que realmente é implantado no local. Durante o processo de pesquisa, ficou comprovada a necessidade de divulgação e de estudos pós-implantação das obras, onde haja uma melhor documentação sobre seus efeitos físicos, ecológicos e também sobre custos. Os resultados mostram que esses procedimentos necessitam de abordagens mais abrangentes e incisivas por parte dos planejadores e poder público, assim como o envolvimento e participação da sociedade. Todavia, é importante ressaltar que intervenções em corpos hídricos objetivando melhorias são sempre realizáveis, embora, às vezes, com limitações, especialmente quando em áreas urbanas.