Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pecora, Hengli Barbosa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150101
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Resumo: |
A indústria têxtil utiliza grandes quantidades de água e em seus processos industriais ocorrem muitas perdas de produtos como corantes, detergentes e engomantes, assim elevadas quantidades de efluentes carregados com diversas substâncias são gerados. Esses efluentes trazem os corantes como principais substancias contaminantes. Os corantes são moléculas estáveis, de difícil degradação e acarretam graves conseqüências prejudiciais aos organismos. Devido à grande problemática causada por essas substâncias, diversos tratamentos vêem sendo estudados, entre eles, tratamentos alternativos que associem baixo custo, disponibilidade e ausência de subprodutos tóxicos. A biossorção e floculação são processos que se mostram cada vez mais promissores na remoção de corantes provenientes de efluentes têxteis. A levedura Saccharomyces cerevisiae é um adsorvente eficiente, porem uma vez que ocorre o processo de adsorção do corante na levedura, esta precisa passar por algum processo para que decante. A Moringa oleifera é uma espécie arbórea já utilizada no tratamento de clarificação de águas turvas, contendo em sua semente uma proteína com grande potencial de coagulação/floculação. Portanto, o presente trabalho propõe avaliar o uso de Moringa oleifera e Saccharomyces cerevisiae no tratamento de remoção dos corantes Acid Orange 7, Direct Violet 51 e Procion Red HE7B em soluções aquosas, analisando a descoloração, a fitotoxicidade e possíveis alterações moleculares das amostras. Os tratamentos foram feitos utilizando-se diferentes quantidades de leveduras liofilizadas, pó de sementes de Moringa oleifera e sobrenadante de suspensão de pó de sementes de Moringa oleifera nos valores de pH 2,5; 4,5 e 6,5, e as amostras foram analisadas utilizando-se espectrofotometria UV-VIS e FTIR. Para os bioensaios de fitotoxicidade as espécies Lactuca sativa e Eruca sativa foram utilizadas como organismos teste, sendo as sementes expostas a soluções dos corantes em diferentes concentrações, além de serem expostas as amostras dos corantes após os tratamentos. Foi possível verificar mediante analises dos resultados, que os tratamentos utilizando leveduras são muito eficientes no pH 2,5, chegando a alcançar 90% de remoção dos corantes Acid Orange 7 e Direct Violet 51, e até 80% do Procion Red HE7B, porém, sua capacidade adsortiva diminui drasticamente em valores de pH menos ácidos. Os tratamentos utilizando se sementes de M. oleifera, tanto em pó quanto o sobrenadante da suspensão do pó, também se mostraram mais eficientes no pH 2,5, porem a capacidade de remoção dos corantes não altera muito com a mudança do pH. Nos testes de fitotoxicidade dos corantes a espécie L. sativa apresentou mais sensibilidade à presença dos corantes do que E. sativa, e o corante Acid Orange 7 se mostrou o mais tóxico, seguido do Direct Violet 51 e Procion Red HE7B. De modo geral, a fitotoxicidade das amostras após tratamentos aumentam, devido à ação de enzimas extracelulares que reagem com as moléculas de corante e geram metabolitos tóxicos. Os resultados obtidos através das analises de FTIR realizadas com os corantes antes e depois dos tratamentos confirmaram a produção de subprodutos pela degradação das moléculas. |