Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Carli, Tassiana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153999
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Resumo: |
A presente dissertação de mestrado consistiu em analisar os aspectos éticos e morais encontrados na obra Ensaio sobre a cegueira de José Saramago, principalmente em relação aos valores priorizados pela personagem denominada “mulher do médico”, tendo como referencial a psicologia moral piagetiana e a psicologia e filosofia das virtudes. A pesquisa foi do tipo documental. Os resultados apontaram que, enquanto a mulher do médico guiava-se pelo cultivo das virtudes e o uso da razão, agindo de maneira autônoma, a quase totalidade dos outros personagens procedeu pautada por uma moral heterônoma e por formas de glória, isto é, priorizavam valores como a beleza, a força física, o status social e o financeiro. Ademais, alguns tomaram a felicidade como sinônimo de hedonismo. Para a superação desse modelo de identidade heterônoma, por meio das atitudes da mulher do médico, o autor do romance defendeu o cultivo de virtudes, como a generosidade, a prudência, a compaixão, a coragem e a justiça. Ainda que não sejam consideradas virtudes, também notamos que, em certos momentos, ela foi movida pela solidariedade e pelo amor, este, o qual é, em síntese, todas as virtudes. Sendo assim, tendo por suporte o fato de ela ter sido a única que não ficou cega na obra analisada, consideramos tais excelências e o fato de ter agido autonomamente como os aspectos apontados pelo escritor para se superar o estado de heteronomia que, atualmente, encontram-se os indivíduos, ou seja, imersos em um quadro de cegueira branca. |