Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Machado, Letícia Thália Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236694
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Resumo: |
O digestato obtido através do processo de digestão anaeróbia pode ser aproveitado e benéfico na produção agrícola, no entanto, existem poucas informações e recomendações para um uso seguro desse subproduto na agricultura. À vista disso, objetivou-se com este trabalho realizar a caracterização e aplicação de um efluente, obtido a partir do tratamento anaeróbio de resíduos alimentares, na produção de alface, avaliando seus efeitos na cultura e no sistema de irrigação localizada por gotejamento. Para isso, utilizaram-se dois reatores anaeróbios, um biodigestor comercial e um sistema de filtros anaeróbios verticais descendentes (SFAV), adotado como pós-tratamento para o digestato obtido do biodigestor. As características físico-químicas e biológicas dos efluentes obtidos pelos dois sistemas utilizados foram analisadas. A partir dos resultados, constatou-se que o efluente obtido pelo SFAV tinha características mais adequadas do que o obtido pelo biodigestor para uso na fertirrigação de alface Crespa Vera (Lactuca sativa L.). Dessa forma, foi determinada uma dosagem de aplicação desse biofertilizante para atender à demanda potássica de cobertura da alface. O ensaio experimental foi de blocos casualizados e consistiu em 5 tratamentos e 5 repetições, sendo T1 – NPK mineral recomendado (testemunha); T2 – biofertilizante + NP mineral; T3 – biofertilizante + N mineral; T4 – biofertilizante + P mineral e T5 – biofertilizante. Para fornecer apenas os elementos químicos de interesse em cada tratamento foi necessário utilizar diferentes fontes de adubo, dispondo no T1: MAP, KNO3 e uréia, T2: MAP e uréia, T3: uréia e T4: H3PO4. As dosagens dos adubos foram definidas seguindo as recomendações do IAC. Ao final do ciclo da cultura, foram avaliadas suas propriedades biométricas, nutricionais e microbiológicas. A avaliação do desempenho do sistema de irrigação foi feita no início, meio e fim do ciclo da cultura através do teste de uniformidade de aplicação de água. A partir dos resultados obtidos constatou-se que tanto o digestato do biodigestor quanto o biofertilizante obtido pelo SFAV apresentaram características interessantes para o uso agrícola. O biofertilizante obtido do SFAV apresentou características mais apropriadas após diluição de 1:6 para o uso em sistema de irrigação localizada. Quanto à produção da alface, os tratamentos que fizeram o uso do biofertilizante apresentaram rendimentos de massa fresca, massa seca e diâmetro de copa superiores ao tratamento adubado com o fertilizante mineral. Ainda, o uso do biofertilizante gerou aumento do teor de Ca foliar e obteve teores médios de N, P, K e Mg próximos ao tratamento adubado com fertilizante mineral. As contagens de bactérias presentes nos biofertilizantes não resultaram em contagem de E. coli nas alfaces. Em nenhum dos tratamentos as alfaces apresentaram contagem de E. coli e Salmonella spp., atendendo aos padrões sanitários exigidos pela legislação brasileira. Conclui-se que o biofertilizante, sob diluição de 1:6, apresentou efeitos satisfatórios para a produção da alface, podendo substituir a adubação mineral de cobertura sem que haja prejuízo na produtividade, não gerou alfaces danosas ao consumo humano in natura, uma vez que não manifestou presença de microrganismos patogênicos, e não gerou prejuízos no sistema de irrigação localizada durante o tempo de operação utilizado neste projeto. |