Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Aline Duarte [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182660
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Resumo: |
Introdução: Entre as condições crônicas de saúde, cerca de um terço dos atendimentos nas unidades de atenção básica em todo o mundo se devem às Doenças Respiratórias Crônicas. Entre elas, a asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as mais comuns. É necessário, portanto, que os profissionais das equipes da saúde da família estejam preparados para lidar com a doença, e que possam ofertar um melhor tratamento e acompanhamento do doente. Objetivos: verificar a associação das variáveis espirométricas e sintomas respiratórios com diagnóstico clínico prévio de doença respiratória crônica em idosos na atenção primária à saúde; avaliar a eficácia de três questionários de sintomas respiratórios para indicar a possibilidade de distúrbio ventilatório obstrutivo de idosos com diagnóstico prévio de DPOC. Métodos: estudo transversal, observacional com idosos com diagnóstico clínico de doença respiratória crônica como enfisema, bronquite crônica, DPOC e asma brônquica, em oito unidades de Estratégia Saúde da Família randomizadas no interior de São Paulo. Os idosos com DPOC foram divididos em dois grupos a partir dos critérios espirométricos: grupo controle com espirometria normal (G1) e grupo DPOC com distúrbio ventilatório obstrutivo (G2). Foram avaliados dados socioeconômicos, medicação prescrita e exacerbações, função pulmonar por espirometria e o impacto dos sintomas por COPD Assessment Test (CAT), dispneia pela escala do Medical Research Council modificada (mMRC) e percepção da qualidade de vida pelo Chronic Respiratory Questionnaire (CRQ). Resultados: Foram registrados 4.332 idosos e prevalência de 3,12% com doença respiratória crônica. Foram incluídos 89 idosos (48 mulheres, 70,7±6,4 anos e 41 homens, 72,6±7,3 anos). Apenas 24% dos idosos faziam uso de medicação para doenças respiratórias e 12% sofreram exacerbação uma vez no último ano. Destes idosos, 46 apresentaram diagnóstico clínico de DPOC e 37% apresentaram espirometria normal (VEF1/CVF=0,798±0,06). O G1 obteve menor pontuação no CAT que o G2 (p=0,005). Notou-se tendência de sensibilidade e especificidade do CAT para detectar obstrução (p=0,050). O mMRC e CAT se correlacionaram (r=0,61; p˂0,0001). Houve correlação negativa entre CAT e espirometria: VEF1 (r=-0,387; p=0,012) e VEF1/CVF (r=-0,422; p=0,006). O mMRC apresentou correlação negativa apenas com VEF1 (r=-0,353; p=0,023). Conclusão: o CAT mostrou tendência de confiabilidade para indicar obstrução de vias aéreas, o que direciona com maior precisão a necessidade de se realizar espirometria. Além disso, o mMRC pode ser utilizado em conjunto com o CAT. O uso desses instrumentos deve ser encorajado na rotina de atendimentos na atenção primária. |