Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Jonathan |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157198
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Resumo: |
Frank Ankersmit ainda é relativamente pouco conhecido no Brasil, mas na Holanda (seu país), em toda Europa e nos Estados Unidos, principalmente, ele é uma assumidade na área de teoria e filosofia da história. “Chegou” no Brasil através da, e graças à, repercussão de seus escritos pós-modernistas da década de 1980, traduzidos e publicados na revista Topoi em 2001. Esses escritos provocaram meu interesse em sua obra, e o desejo de investigá-la um pouco mais. Na medida em que fui também traduzindo, diversificando e aprofundando leituras, percebi que o pós-modernismo foi apenas um capítulo de sua jornada, e que uma história intelectual de Ankersmit deveria ir além, ampliar seu escopo. Esta tese se propõe a dar esse passo além, e a ler Ankersmit também a partir de outros embates, giros temáticos e conceitos por ele apresentados, desde a publicação de sua primeira obra em inglês, Narrative Logic (1983), até escritos mais recentes, em especial, Meaning, Truth and Reference in Historical Representation (2012). No interregno dessa pesquisa, outros “Ankersmites” emergiram, diferentes versões dele mesmo e de sua obra, precipitadas por algumas transições: do narrativismo para o representacionalismo; do pós-modernismo a um tipo de pós-pós-modernismo; do idealismo ao realismo histórico; movendo-se da linguagem para a experiência sublime, mas sem perder de vista o solo da representação; pensando a representação tanto no campo da política quanto no da historiografia. E, por fim, tentando variar o máximo e repetir o mínimo do que ele e outros disseram anteriormente sobre os mais variados assuntos, enredado pelo anseio por originalidade, autenticidade e distinção, e por uma paixão pela escrita da história “como ela é”. Desse modo, decidi olhar para esse autor e sua obra desde a perspectiva da metamorfose. Parto da compreensão de que a tradição historicista alemã é um elemento comum, um cantus firmus, que permeia sua obra toda, e que se nota pelo desejo de Ankersmit por encontrá-lo em lugares onde ele normalmente não é visto; de traduzi-lo para diferentes idiomas, como o da filosofia da linguagem contemporânea; de fazer combinações improváveis, e, assim, de reabilitá-lo do aparente ostracismo em que foi posto na teoria da história e na historiografia. Contudo, esta investigação pretende demonstrar que, pelas características de Ankersmit – esse teórico mutante, esse “assaltante intelectual” (intelectual plunderer), como ele mesmo se chamou, sempre em movimento –, mais do que uma tradução ou recuperação, o que sua obra prefigura é uma metamorfose do historicismo. Dos paradoxos que a permeiam, talvez esse seja o maior, tornando a tarefa de estudá-la uma atividade tanto complexa quando fascinante. Ao menos para este pesquisador. |