Expedientes da dramaturgia de uma atriz: princípios da Antropologia Teatral num espetáculo solo sob direção de Julia Varley

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nunes, Marilyn Clara [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235101
Resumo: Através do compartilhamento dos expedientes do processo de montagem do espetáculo solo, “O pesadelo da borboleta”, criado por esta autora e dirigido por Julia Varley (Odin Teatret), numa coprodução entre o Oposto Teatro Laboratório e o Nordisk Teaterlaboratorium, aborda-se os desdobramentos da tradição teatral pautada nos pressupostos da Antropologia Teatral, na prática e pedagogia do grupo Odin Teatret, destacando a criação a partir da “dramaturgia [da atriz e] do ator” (BARBA, 2010). Estudos sobre drama, ação, partitura, subpartitura e improvisação são apresentados, numa perspectiva histórica que culmina no referido grupo. Ganham foco diversos procedimentos para o levantamento de materiais cênicos, composição de cenas e tratamento do cenário, figurino, adereços, texto e iluminação, sempre em relação com as ações da atriz e do ator. Discute-se a criação individual e a criação em conjunto para a elaboração dos materiais e sua organização cênica, em modalidades de trabalho nas quais todos(as) contribuem para a expansão do vocabulário expressivo da atriz, num processo pedagógico conduzido pela diretora. O estudo também aborda o encontro com uma das referências primárias do Odin Teatret, o teatro clássico indiano, por meio de uma pesquisa in loco na Índia, onde a atriz estudou as práticas do Kudiyattam, encontrando ali uma matriz da expressividade atoral importante para a criação autônoma da atriz e do ator também no teatro euro-ocidental. A discussão dos aspectos técnicos e de linguagem dessa matriz permite revisitar os princípios da Antropologia Teatral e sua base intercultural, observando sua aplicabilidade no espetáculo já montado, bem como refletir sobre outros modos de configuração do vocabulário expressivo do(a) intérprete de teatro, que leva ao alargamento do conceito de dramaturgia da atriz e do ator.