Aplicação do sensoriamento remoto com imagens do satélite Sentinel-2 no estudo e validação de recursos hídricos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Crioni, Pedro Luiz Becaro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256147
Resumo: O Sensoriamento Remoto é um conjunto de técnicas amplamente utilizado para obter informações sobre a superfície da Terra, com destaque para o estudo e monitoramento dos recursos hidrológicos. Os métodos convencionais de coleta e monitoramento in situ são onerosos e oferecem cobertura insuficiente em todo o mundo, devido às vastas extensões territoriais em diversos países, incluindo o Brasil. Nesse contexto, o Sensoriamento Remoto surgiu na década de 1970 como uma alternativa mais acessível para o monitoramento da qualidade e quantidade dos recursos hídricos. Este estudo tem como objetivo desenvolver e aplicar técnicas de Sensoriamento Remoto multiespectral, por meio da utilização de imagens do satélite Sentinel-2, com o propósito de atender às demandas de qualidade e quantidade do monitoramento hidrológico no Brasil. Foram analisados quatro estudos de caso, dois deles sobre qualidade da água e dois sobre quantidade de água. No monitoramento da qualidade da água, um modelo foi criado para acompanhar o deslocamento da pluma de turbidez no rio Paraopeba após o rompimento da Barragem I da mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho, Minas Gerais. Além disso, foi realizado um estudo para avaliar modelos propostos por outros pesquisadores para o monitoramento de clorofila em corpos d’água na Região Metropolitana de São Paulo. Para atender às demandas de quantidade de água, o Sensoriamento Remoto foi utilizado para estimar o volume de armazenamento de água em reservatórios de pequeno e médio porte no semiárido brasileiro, bem como para desenvolver o Modelo Óptico Trapezoidal (OPTRAM) para estimar a umidade do solo nas proximidades da área urbana de Rio Claro, São Paulo. Essas abordagens demonstraram resultados confiáveis e representativos, contribuindo para o monitoramento hidrológico e a gestão adequada dos recursos hídricos. Em síntese, o Sensoriamento Remoto se apresenta como uma ferramenta alternativa acessível para o estudo e monitoramento dos recursos hidrológicos, permitindo estimar a turbidez, avaliar a concentração de clorofila, estimar o volume de armazenamento de água em reservatórios e determinar a umidade do solo. Tais abordagens são fundamentais para a compreensão e gestão dos recursos hídricos, principalmente em regiões com escassez e limitação de água.