Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Elis Piera [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/93999
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Resumo: |
A presente dissertação delineará as noções que baseiam a oposição goethiana entre símbolo e alegoria (a partir dos textos do autor que dissertaram sobre arte, dos anos de 1772 a 1798), visando torná-la produtiva para a análise literária de passagens de As afinidades eletivas e Os sofrimentos do jovem Werther. Nosso trabalho traz um histórico sobre o signo em Goethe, observando a relação que este estabeleceu com a natureza e a Antiguidade, bem como o correspondente esforço em superar a dependência destas mesmas influências até atingir uma forma de expressão e pensamento próprias. O símbolo, como emergência de uma reflexão sobre linguagem não mais como meio, jaz também na teoria de Goethe. Sob a sugestão de Todorov em “A crise romântica”, relacionaremos o par símbolo-alegoria às ideias linguísticas de motivação e arbitrariedade (respectivamente): tal intento insere Goethe na tradição de discussão sobre a possibilidade de origem motivada para a linguagem iniciada pelo Crátilo de Platão, e continuada por autores de linguística e teoria literária, principalmente no que concerne às bases da fundamentação de uma linguagem poética. Arbitrariedade e motivação, ainda que inexistentes na Goethezeit, apresentam-se como conceitos que clareiam a distinção entre símbolo e alegoria. Uma origem motivada ou arbitrária para a linguagem encontrou destaque desde a declaração saussuriana de que todo signo é arbitrário – princípio fundador de sua ciência. Em seus textos teóricos, Goethe se detém numa defesa do signo linguístico como essencialmente motivado, noção esta que passa por nuances ao longo de sua carreira e se articula com o conceito de arbitrariedade em linguagem, culminando numa ideia de signo que englobe ambas as características contraditórias: o simbólico se torna mistério, que é velado e se... |