Comparação entre o transplante autólogo de células mesenquimais da medula óssea e o uso de corticóides na tendinopatia glútea

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Rosário, Davi Araújo Veiga
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Quadril; Tendões; Células mesenquimais estromais; Hormônios adrenocórticos; Células da medula óssea
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202215

A tendinopatia do quadril adulto faz parte de um conjunto de patologias da Síndrome Dolorosa Trocantérica (SDT). Esse distúrbio é caracterizado por dor, limitação funcional e perda de força local. O diagnóstico é firmado por avaliação clínica e exames complementares (ultrassonografia ou ressonância magnética) e exige um tratamento efetivo para ganho na qualidade de vida. Este tratamento deve ser realizado de forma multiprofissional aliando terapias comportamentais como o alongamento, fortalecimento e mudança de habitos de vida, com medidas locais que envolvem a infiltração com corticóides, transplante de células mesenquimais da medula óssea (CMMO), terapia com ondas de choque, fenestração e até o tratamento cirúrgico endoscópico ou aberto. Desta forma, este trabalho teve como objetivo, estudar a eficácia do transplante autólogo de CMMO, no tratamento das tendinopatias do quadril, comparativamente ao tratamento com uso de corticóides. Para isso, inicialmente, um ensaio clínico randomizado, com 40 pacientes selecionados, foi realizado no Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia. Os pacientes com diagnóstico de tendinopatia do quadril, foram divididos em dois grupos, de acordo com o procedimento adotado: (G1) Transplante autólogo de células mesenquimais da medula óssea (CMMO) e (G2) Infiltração com corticóides. O mesmo protocolo pós-procedimento foi recomendado para os dois grupos e um plano de acompanhamento com 01, 03 e 06 meses foi adotado, com avaliação na Escala Visual Analógica de Dor (EVA), Questionário de Lequesne e Euroqol 5d (qualidade de vida). No geral, foi observado uma melhora nos escores pósprocedimentos, para ambos os grupos. Os pacientes submetidos ao tratamento com CMMO tiveram melhora estatisticamente significativa, nos escores de EVA e Lequesne, comparado ao tratamento com corticóide. Na avaliação de qualidade de vida houve melhora nos dois grupos sem diferença estatisticamente significativa. Os resultados mostraram que comparativamente ao tratamento convencional com corticoides, o transplante autólogo de CMMO pode ser meio alternativo e eficaz no tratamento da tendinopatia do quadril. A técnica demonstrou ser segura e promissora, especialmente se aliada à terapia comportamental multiprofissional.