Análise da expressão dos genes TRAP1, HSPB1, HSPD1, HSPA1L e HSPA1A em amostras de câncer epitelial de ovário: implicações no prognóstico e na resistência a quimioterapia baseada em platina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Warne Pedro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154391
Resumo: Introdução: As proteínas de choque térmico (“Heat Shock Proteins”) são produzidas em resposta ao estresse patofisiológico nas células animais e não só fazem parte de várias etapas da carcinogênese, atuando principalmente como agentes antiapoptóticos, como também estão implicadas em mecanismos de resistência à quimioterapia em vários tipos de tumores. Objetivo: O presente estudo visa comparar a expressão dos genes TRAP1, HSPB1, HSPD1, HSPA1L e HSPA1A nas amostras de CEO (no tumor primário ou na metástase) com a expressão dos mesmos em amostras de tumores ovarianos benignos e tecido ovariano normal e correlacionar a expressão gênica com o prognóstico das pacientes e com a resistência ao tratamento com platina. Métodos: Foram avaliadas amostras de 51 pacientes operadas no Hospital Vera Cruz, entre os anos de 2008 a 2011, divididas em quatro grupos: CEO primário (n = 14), CEO metastático (n = 11), cistoadenoma seroso ovariano (n = 07) e ovário normal (n = 19). Utilizou-se a técnica de qRT-PCR para determinar o perfil de expressão dos genes. Resultados: As pacientes incluídas neste estudo apresentavam idade média de 56,75 anos. Não houve diferença significativa (valor-P> 0,050) na comparação entre a expressão dos genes e os grupos estudados. Os genes HSPA1A, HSPA1L e TRAP1 foram subexpressos e se diferiram significativamente dos genes em indivíduos com ovário normal. A expressão dos genes analisados não correlacionou se com as variáveis quantitativas, como idade, menarca, e tempo após menopausa bem como em relação as dosagens séricas do CA125, presença de ascite e citorredução. Em relação ao estadiamento, observou que mulheres com CEO no estadio I e II apresentaram a expressão do gene TRAP1 significativamente maior que as pacientes no estadio III e IV (p=0,040). Ao analisar a expressão dos genes em relação a sobrevida global observou se que houve influência significativa do nível de expressão dos gene HSPA1A sobre o risco de morte das mulheres afetadas por CEO. Conclusão: Apesar das limitações em relação ao tamanho da amostra, os resultados obtidos sinalizam para um melhor entendimento da relação entre a expressão destes genes e o câncer de ovário, evidenciando algumas implicações no prognóstico.