Avaliação da suplementação diária de ácidos graxos poli-insaturados de ômega-3 e aspirina em baixa dosagem no tratamento de periodontite agressiva generalizada: estudos clínicos controlados randomizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araujo, Cássia Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192607
Resumo: A destruição periodontal resulta principalmente da resposta inflamatória exacerbada do hospedeiro frente ao desafio bacteriano. Por isso, pesquisas envolvendo a modulação da resposta do hospedeiro têm sido desenvolvidas com o objetivo de facilitar a resolução da inflamação, bem como promover reparação tecidual e estabilidade periodontal. Recentemente, o uso de ácidos graxos poli-insaturados de ômega-3 (AGP Ω-3) e ácido acetilsalicílico (AAS) foi relacionado à produção de mediadores lipídicos mais bioativos e à melhores resultados clínicos no tratamento de periodontite crônica. Desse modo, pesquisas envolvendo modulação das respostas inflamatórias de portadores de periodontite agressiva (PAg) podem ser de grande valia. Assim, o objetivo dos presentes estudos clínicos controlados randomizados foi avaliar a utilização da suplementação de 900 mg AGP Ω-3 e 100 mg de AAS por 180 dias como adjuvantes ao tratamento de PAg generalizada (PAgG). (1) Selecionou-se 38 pacientes com PAgG os quais receberam debridamento subgengival associado a AGP Ω-3 e AAS (n=19) ou placebo (n=19). Ambos os grupos apresentaram diminuição (p<0,05) em todos os parâmetros clínicos avaliados, bem como em IL-1β, sem diferença entre os tratamentos (p>0,05). O nível de TIMP-2 diminuiu significantemente no grupo controle, porém se manteve estável no grupo teste. Concluiu-se que a nova terapia proposta não trouxe benefícios clínicos no tratamento não-cirúrgico de PAgG. (2) Selecionou-se 34 pacientes com PAgG previamente submetidos à terapia básica que apresentavam bolsas residuais e foram submetidos à cirurgia de acesso para raspagem e alisamento radicular associado a AGP Ω-3 e AAS (n=17) ou placebo (n=17). Após 6 meses, ambos os grupos obtiveram diminuição na PS (p<0,05), porém somente o grupo teste obteve ganho no NIC na comparação intergrupo (p=0,02), assim como apresentou menor recessão gengival (p=0,03), diminuição da hipersensibilidade dentinária (p=0,01), menor consumo de analgésicos (p=0,02) e diminuição intragrupo de IL-10 (p<0,05). Concluiu-se que a nova terapia proposta trouxe benefícios clínicos no tratamento de bolsas residuais de pacientes com PAgG.