Estudo da microbiota fúngica gastritestinal de morcegos (Mammala, Chiroptera) da região noroeste do estado de São Paulo: potencial zoonótico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Tencate, Luciano Nery [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94692
Resumo: Os morcegos são hospedeiros de uma rica diversidade de microrganismos. Muitos trabalhos apontam uma estreita ligação entre os quirópteros e fungos com potencial patogênico, principalmente por habitar ambientes como cavernas, grutas e ocos de árvores, favoráveis, à manutenção e propagação dos fungos. O seguinte trabalho teve como objetivo estudar a microbiota fúngica gastrintestinal de morcegos capturados vivos ou cedidos pelos Laboratórios de Chiroptera e de Raiva do Departamento de Apoio e Produção Animal da Unesp de Araçatuba. Para o cultivo micológico foi utilizado macerados de baço, fígado, intestinos e fezes e inoculados em tubos contendo ágar Sabouraud com cloranfenicol e BHI incubados a temperaturas de 25º e 37º C, respectivamente por um período não inferior a 10 dias.Os cultivos com características de leveduras foram submetidos à coloração com tinta Nanquim, à hidrólise da uréia, termotolerância e fenoloxidase, enquanto que os miceliais foram identificados de acordo com características morfológicas e tintoriais. A PCR foi utilizada para a identificação de espécie com potencial patogênico. Das 98 amostras pertencentes a 11 espécies de morcegos procedentes de 15 cidades estudadas, 20% são da espécie Carollia perspicillata, seguidas de 19%, Artibeus lituratus, 17%, Molossus rufus, 13%, Glossophga soricina, 9%, Nyctinomops macrotis, 8%, Molossus molossus, 7%, Desmodus rotundus, 2%, Lasiurus ega, e 1% de Eptesicus furinalis, Myotis nigricans e Tadarida brasiliensis. De acordo com a dieta houve predomínio de espécies frugívoras (40%) e insetívoras (40%), seguidas de nectarívoras (13%) e sanguívoras (7%). De acordo com a procedência dos morcegos destaca-se a cidade de Guararapes com 28% das amostras, seguida por Araçatuba (23%), Mirandópolis (16%), Penápolis (7%), Andradina (6%), Ilha Solteira (5%), Birigui (4%)...