Avaliação do uso de Microcystis aeruginosa e Cylindrospermopsis raciborskii na redução da coloração e ecotoxicidade de corantes puros e em efluentes têxteis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lira, Vivian Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237400
Resumo: A crescente escassez de fontes de água potável, bem como o cumprimento obrigatório de exigências legais para lançamento em corpos d’água ou rede coletora de esgotos, acabam demandando alternativas para o tratamento de efluentes. Entre os inúmeros setores que geram efluentes com potencial de toxicidade, o têxtil se destaca. As indústrias têxteis geram grande quantidade de efluentes com uma carga de corantes que são naturalmente de difícil degradação. Uma alternativa para remediação desses corantes é fundamental e, entre os possíveis tratamentos, a biorremediação é uma alternativa. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o potencial de biorremedição de corantes têxteis (tartrazina e índigo blue) e efluentes têxteis pelas cianobactérias Microcystis aeruginosa e Cylindrospermopsis raciborskii. A viabilidade da biorremediação foi avaliada através da toxicidade dos corantes e efeito da coloração sobre as cianobactérias, com contato direto e indireto. Analisou-se o crescimento celular por meio de contagem e a descoloração por meio de espectrofotometria. Também analisou-se a eficiência da biorremediação na descoloração de efluentes provenientes de uma fábrica de jeans e outra de tapetes pela duas espécie de cianobactérias. Os experimentos de biorremediação ocorreram durante 25 dias com amostras de efluentes brutos e também diluídos em 50%. Testes ecotoxicológicos foram realizados com larvas de Danio rerio (parâmetros sobrevivência e crescimento) antes e após a biorremediação. Os resultados demonstraram que a Microcystis aeruginosa cresceu significativamente em contato direto com o corante amarelo tartrazina, mas em contato indireto houve redução no crescimento com ambos corantes. Em contrapartida, a Cylindrospermopsis raciborskii não apresentou um crescimento satisfatório com a tartrazina e foi inibida pelo corante índigo blue. Observou-se redução da cor no efluente de tapetes em 43% na presença da M. aeruginosa e 34,6% na ausência dela, sem redução de toxicidade. Conclui-se, portanto, que M. aeruginosa tem potencial para crescer em elevadas concentrações de amarelo tartrazina (500 mg/L) e degradar esse corante. Os efluentes têxteis, devido à sua alta complexidade, não são facilmente degradados e apresentaram toxicidade para ambas as cepas. Tempos menores de biorremediação devem ser contemplados, com base nos dados de descoloração, onde o metabolismo deve ser estimulado, por manipulações do efluente, em favor da viabilidade celular exponencial.