Formação pedagógica do professor do Ensino Superior: os programas de pós-graduação nota 7.0

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bertanha, Pricila [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143936
Resumo: O presente trabalho partiu do levantamento dos programas de pós-graduação strictu senso no Brasil avaliados com notas 7.0, especialmente naquilo que se refere à presença da formação do professor de ensino superior, considerando que a pós-graduação brasileira é locus da formação de professores e pesquisadores. O objetivo foi analisar se a formação do professor universitário proposta pelos cursos de pós-graduação reflete uma formação pedagógica, traduzida em sua concepção e objetivos do programa, perfil do egresso, linhas de pesquisa e disciplinas oferecidas, integração com a graduação e estágio de docência. Foram coletados dados de 145 programas, todos com nota 7.0, no endereço eletrônico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. Os programas, em sua concepção e objetivos, respondem formalmente aos propósitos dos Planos Nacionais da Pós-Graduação; no entanto, não mencionam ou explicitam a formação pedagógica do professor de ensino superior. No contexto do perfil do egresso, metade dos programas contempla a formação do professor de ensino superior, embora a formação pedagógica seja omitida. Quanto às linhas analisadas, nenhuma refere nomenclatura relacionada à formação e formação pedagógica do professor de ensino superior. Dezessete programas apresentam disciplinas de Didática, o que indica a formação pedagógica do professor de ensino superior. Os programas relatam a contribuição da integração com a graduação quanto à melhoria dos cursos, a nota do Enade, a qualidade da graduação, em relação à aprendizagem dos alunos e à aprovação dos mesmos nos mestrados e doutorados, o fortalecimento da formação para a docência dos alunos mestrandos e doutorandos, a melhoria do curso de graduação da área quanto ao currículo, estratégias de ensino e aprendizagem e a relação professor x aluno e a formação do futuro professor de ensino superior (mestrandos e doutorandos). O Estágio de Docência traz contribuições para o pós-graduando no sentido de capacitação didática e pedagógica; para os alunos de graduação, representa melhoria na aprendizagem; para os cursos, melhoria no currículo e qualidade. A partir dos 145 programas pesquisados e dos 290 cursos de pós-graduação stricto sensu, pudemos traçar um panorama quanto à presença da formação do professor universitário, e sugerimos algumas propostas de concretização ou melhoria da formação geral e da formação pedagógica do professor de ensino superior. Consideramos que a formação do professor universitário ocorre nos programas de pós-graduação stricto sensu, avaliados com nota 7.0 pela CAPES, embora a formação pedagógica ainda seja negligenciada, apesar de defendida pelas pesquisas realizadas desde a década de 1990, mostrando benefícios e melhorias na qualidade do ensino e principalmente na aprendizagem dos alunos de ensino superior como promoção do ser humano.