Efeitos de Lactobacillus spp. isolados da cavidade bucal de indivíduos livres de cárie sobre Streptococcus mutans: estudo do potencial probiótico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Velloso, Marisol dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144461
Resumo: Estudos prévios demonstraram que algumas cepas de Lactobacillus podem inibir Streptococcus mutans. Assim, cepas de Lactobacillus pertencentes à microbiota oral residente de indivíduos saudáveis precisam ser investigadas como possíveis estratégias de prevenção para a cárie dentária e outras infecções bucais. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de cepas do gênero Lactobacillus isoladas de indivíduos livres de cárie sobre S. mutans utilizando modelos de estudo in vitro e in vivo. No estudo in vitro, trinta cepas de Lactobacillus isoladas da cavidade bucal foram avaliadas quanto à atividade antibacteriana contra S. mutans em crescimento planctônico. A seguir, as cinco cepas que apresentaram maior atividade antibacteriana foram selecionadas para o estudo dos efeitos antimicrobianos sobre biofilmes de S. mutans em discos de hidroxiapatita. Para estudo in vivo, foi selecionada a cepa de Lactobacillus com maior efeito inibitório sobre biofilme de S. mutans, procurando-se avaliar seus efeitos no desenvolvimento de cárie experimental em ratos. Os resultados demonstraram que a maioria das cepas de Lactobacillus testadas foi capaz de inibir as células de S. mutans em crescimento planctônico, alcançando percentual de redução de até 99 %. As cepas, com maior percentual de inibição, selecionadas para os testes em biofilme foram uma de L. fermentum e quatro de L. paracasei. Todas as cinco cepas foram capazes de inibir a formação do biofilme de S. mutans, entretanto diferenças estatisticamente significantes só foram observadas para três das cepas testadas. Assim, para os testes de cárie dentária em ratos foi utilizada apenas uma das cepas de L. paracasei. O tratamento com essa cepa levou a uma redução do número de UFC / mL de S. mutans presentes na cavidade bucal dos animais, mas não apresentou efeito sobre o desenvolvimento de cáries dentárias. Em todos os grupos experimentais foram observadas áreas de desmineralização do esmalte, mas lesões cavitárias não foram detectadas. Concluiu-se que as cepas isoladas de L. fermentum e L. paracasei estudadas apresentam potencial probiótico e pode ser consideradas para uso na cavidade bucal, pois possuem atividade inibitória sobre S. mutans e diminuem a formação de biofilme por esse micro-organismo cariogênico.