Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barros, Thiago Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/252120
|
Resumo: |
A produção brasileira de cana-de-açúcar é a maior dentre os países produtores, sendo que as condições ambientais favoráveis a este cultivo também favorecem uma rica biodiversidade de artrópodes, incluindo insetos benéficos e pragas agrícolas. Algumas espécies são consideradas economicamente importantes, como é o caso de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae), “broca-da-cana-de-açúcar”, praga-chave desta cultura no Brasil. Devido ao crescimento populacional de pragas emergentes, associado à proibição da queima pré-colheita na cultura, métodos alternativos de controle têm sido cada vez mais necessários. A redução da eficiência dos métodos químicos de controle de insetos, além de seus riscos à saúde humana e ambiental, deu espaço ao controle biológico, o qual tem apresentado resultados consistentes e sustentáveis no manejo de pragas. Parasitoides do gênero Cotesia (Hymenoptera: Braconidae) e Trichogramma (Hymenoptera: Trichogrammatidae) vêm sendo utilizados no controle de D. saccharalis com resultados bastante significativos. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade de inseticidas comerciais, aplicados em D. saccharalis e nos parasitoides C. flavipes e T. galloi. Os inseticidas testados foram Match®, Belt®, Intrepid®, Exalt® e Revolux®, empregados nas doses recomentadas pelos produtores, em testes de seletividade aos parasitoides mencionados, além de diferentes concentrações para se determinar as CL50. Foram realizados bioensaios aplicando-se as CLs50 em D. saccharalis, com posterior parasitismo por C. flavipes, com o objetivo de avaliar se havia efeitos subletais causados pelo contato com os inseticidas e no desenvolvimento do parasitoide e sua longevidade. Para T. galloi foi utilizada a dose recomendada pelos fabricantes, em cartelas contendo ovos de D. saccharalis com posterior parasitismo. O inseticida Belt® apresentou a menor taxa de mortalidade para ambos os parasitoides, enquanto em relação ao parasitismo, o inseticida Exalt®, segundo à classificação de toxicidade da IOBC/WPRS, está na classe 1, sendo considerado inócuo à ambos os parasitoides, não reduzindo o parasitismo de forma significativa. Já em relação a emergência, o inseticida Belt® foi o que apresentou menor redução na emergência para C. flavipes, enquanto para T. galloi, o inseticida Intrepid® foi o que provocou a menor redução na emergência. O inseticida Revolux® foi o que apresentou maior diferença significativa para a longevidade dos parasitoides, sendo menor em ambos os casos. Assim, o inseticida Belt® foi o de menor toxicidade aos parasitoide por contato direto, entretanto foi aquele que promoveu a maior redução no parasitismo de T. galloi, dessa forma a abordagem e o objetivo a ser alcançado no manejo da praga são questões cruciais para a escolha do inseticida. Espera-se que este estudo contribua para um controle mais eficiente e sustentável da broca-da-cana-de-açúcar, no sentido de um uso mais criterioso de inseticidas no controle de pragas da cana, visando maior compatibilidade entre os controles químico e biológico, minimizando os impactos negativos no meio ambiente. |