Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Tomazini, Karina Andressa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236645
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Resumo: |
Introdução. O teste de imunodifusão dupla em gel de ágar (IDD) é utilizado no diagnóstico sorológico, na avaliação de gravidade e no seguimento de pacientes com paracoccidioidomicose (PCM). Um banco de amostras biológicas, associado ao registro de dados clínicos, permite o desenvolvimento de pesquisas em menor tempo, principalmente de doenças com baixa incidência anual. Este estudo teve dois objetivos: 1) comparar os títulos de anticorpos séricos determinados por ocasião de sua coleta (teste) e após descongelamento (reteste), avaliando a influência da estocagem a -80oC por diferentes períodos; 2) comparar os títulos obtidos em soro e plasma e avaliar a influência da estocagem por até 6 meses em freezer a -20oC . Métodos. O estudo foi realizado em pacientes com PCM confirmada, utilizando-se a IDD realizada com antígeno filtrado de cultura do P. brasiliensis B339. No primeiro experimento, os níveis de anticorpos foram determinados em 160 amostras de soro de pacientes com a forma crônica (FC) e 20 com a forma aguda/subaguda (FA), estocadas há mais de seis meses; no reteste, o executor não foi o mesmo e o antígeno foi preparado com a mesma cepa, mas não provinha do mesmo lote utilizado no teste. No segundo experimento, foram avaliadas 81 amostras de soro e plasma com EDTA ou com heparina de 27 pacientes, para comparação das diferentes matrizes sanguíneas e avaliação do efeito da estocagem por 6 meses; neste estudo, o executor e lote do antígeno foram os mesmos. Foram consideradas discordantes as diferenças de títulos maiores que uma diluição. Utilizaram-se os testes de Kruskal-Wallis, Friedman, Marascuilo, qui-quadrado e de Goodman e o coeficiente de correlação de Spearman, admitindo-se p≤0,05 para indicar diferença significante. Resultados. No primeiro experimento, a comparação dos títulos iniciais com os obtidos após descongelamento revelou medianas com diferença de uma diluição. Na discordância de títulos observou-se: a) presente em 30% das amostras da FA e 18% da FC (p=0,13); b) ausente em soros estocados por até 3 anos e presente em frequência crescente com o tempo de estocagem – 3 a 6 anos e ≥7 anos (p=0,003). No segundo experimento, os títulos observados em soro, plasma-EDTA e plasma-heparina não diferiram entre si e apresentavam correlação positiva. Além disso, a estocagem por até 6 meses não interferiu nas titulações em nenhuma das três matrizes sanguíneas avaliadas. Conclusões. A estocagem a -80oC por até seis anos pouco influiu na dosagem de anticorpos séricos por IDD, permitindo sua utilização segura em estudos que dependam de sua avaliação. A concordância entre titulações realizadas em soro e plasma sugere que se mantenha o biorrepositório em amostras de soro, matriz que vem sendo utilizada há muitos anos. Porém, estudos sobre estocagem por pelo menos sete anos em matrizes sanguíneas de plasma são necessárias para avaliar se os títulos são mais preservados do que se observou no soro. |